Neste dia que marca o início da ditadura militar no país, dando sequência ao golpe de 31 de março de 1964, começa o período em que o Brasil foi presidido por Tamanco, Português, Milito, Alemão e Figa. Oficialmente nomeados Castelo Branco, Arthur da Costa e Silva, Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Baptista Figueiredo.

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São esses os apelidos de juventude, ganhos no tempo das escolas militares, recebidos pelos generais que presidiram o Brasil até a posse de um civil, José Sarney, em 1985. Apelidos conhecidos por seus colegas aspirantes, nos anos 30, relata Elio Gaspari no primeiro de seus quatro livros sobre a ditadura.

Sem querer tirar a seriedade dos fatos que ocorreram naquele período, a demonstração desse lado dos militares que comandaram o Brasil em um de seus períodos mais sombrios é um alerta para que, mesmo a pior das atrocidades, é cometida por um ser humano, ou com a sua conivência.

É um fato que nos relembra a importância do poder estar distribuído na maior quantidade de mãos possíveis, em um contexto diferente daquele que levou a torturas e assassinatos. Quanto mais instituições fortes tiver e equilibrado o país estiver, mais distante ele estará de um novo momento em que poucos decidirão os rumos do Brasil.

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