Das quadras de Criciúma para Layton, em Utah, nos Estados Unidos (EUA). A dedicação aos treinamentos, aliada ao sonho de jogar basquete fora do Brasil, levaram o atleta Natã Lalau dos Santos, 17 anos, para a terra do Tio Sam. Ele treina desde os 12 anos, mas foi em 2015 que abraçou o sonho como meta de vida. O embarque foi há algumas semanas, e com o início do ano letivo, passou a integrar a equipe de basquete da Layton Christian Academy, escola com 550 alunos.

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Desde que passou a encarar o basquete como uma oportunidade de vida, Natã aproveitou todas as chances para ampliar a rede de contatos. No ano passado, durante uma clínica técnica com um treinador norte-americano, o canal de comunicação foi criado. O pai de Natã, Antônio Luiz Lalau, 50 anos, fez um vídeo com os highlights (melhores momentos) do atleta, e o compilado chamou a atenção. Depois do treinador publicar o conteúdo nas redes sociais, as propostas começaram a chegar.

— Eu jogava futsal, mas o pai deu uma mãozinha para mim. Como ele foi técnico de basquete, eu fui brincar, depois comecei a treinar de verdade e passei a me dedicar. A partir dos meus 15 foi quando eu tive o sonho de ir para os Estados Unidos e comecei a treinar bastante, todo dia e final de semana. Agora, estou realizando isso, dois anos depois — comemora Natã.

A história da família com o basquete é antiga, iniciou no final de década de 1980. Lalau, como é conhecido o pai do jogador, treinou diversos times da região, e foram pelo menos 20 anos dedicados ao esporte.

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— É muita alegria ver ele dando continuidade àquilo que eu vivi. Alegria dupla, desejo nosso e sonho dele. Como pai a gente quer o melhor e sabe que isso é uma boa perspectiva para o futuro dele — comenta Lalau.

Essa não é a primeira vez que a família Lalau se aventura em terras estrangeiras. Em 1998, o treinador fez um estágio no Chicago Bulls, e conheceu de perto lendas como Michael Jordan. Ele, aliás, é um dos ídolos de Natã, ao lado de LeBron James. A partir de agora, a trajetória não vai ser fácil para o ala de 1,87m, mas o criciumense quer continuar se dedicando – nos estudos e no esporte – para conquistar vitórias na vida.

— Eu faço inglês desde os oito anos, tenho bastante conhecimento, e se eu não estudar eu não jogo, eles me mandam de volta. Então primeiro vou ser aluno, e depois atleta. Eu reconheço que tudo que eu jogo aqui talvez eu possa ter alguns empecilhos lá, serei um novo jogador, mas eu estou bem confiante — projeta.

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Qualidade como defensor

Desde os primeiros quiques na bola, quando ainda era “baixinho e gordinho”, Natã não passou despercebido ao olhar do treinador Fábio Bittencourt Silveira, atualmente no Criciúma Basquete Clube. A personalidade forte foi moldada com os anos e com a disciplina exigida pelo esporte. Com a evolução do atleta surgiram também características que o diferenciam dos demais. Nas palavras do técnico, Natã é um defensor de qualidade e extremamente dedicado.

— A principal virtude dele é a defesa, defende muito mas ultimamente vem melhorando também seu chute de fora, e pela baixa estatura ele realmente vai precisar disso. O americano gosta muito de defesa, então ele está indo com um pré-requisito muito bom — explica Bittencourt.

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