A enchente que atinge Taió, no Alto Vale do Itajaí, há uma semana, já inundou 2.556 imóveis da cidade, entre os quais 1.377 são casas agora desocupadas por moradores. Um balanço dos estragos foi divulgado pela prefeitura local nesta sexta-feira (13), ocasião em que a região central do município segue tomada pelas águas do Rio Itajaí do Oeste e com circulação limitada a barcos de ajuda humanitária.
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A cidade inundada tem cerca de 18 mil moradores e teve 34% de suas edificações atingidas pela enchente, segundo a Secretaria de Planejamento municipal. Especificamente no Centro, cortado pelo Rio Itajaí do Oeste, cerca de 70% dos imóveis foram diretamente afetados.
Por volta das 15h desta sexta, o rio tinha 11,32 metros de altura. O nível normal dele é de 5 metros. Nesta última semana de cheias, ele chegou a atingir 12,40 metros, maior medição da história, embora a cidade não tenha dados oficiais.
A prefeitura considera as medições feitas por um antigo habitante de Taió, Aldo Bogo. Os registros dele apontam que, em 1983, durante a maior enchente do Vale, o Rio Itajaí do Oeste atingiu 11,85 metros.
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Apesar da chuva ter cessado na região, o ritmo de baixa do nível do rio ainda é menor do que o ideal, uma vez que a barragem de Taió segue com comportas fechadas e vertendo água. Na quarta (11), a estrutura chegou a ser aberta, após o prefeito da cidade fazer um apelo à Defesa Civil.
Entre os moradores que precisaram deixar suas casas, 140 deles estão em um abrigo público da prefeitura. O espaço precisou ser improvisado, no entanto, em Pouso Redondo, cidade vizinha.
Há ainda famílias de Taió que não precisaram deixar suas casas, mas estão ilhadas. A prefeitura estima que 20% da área rural esteja inundada.
Entre os últimos dias 1º e 9, Taió havia registrado o maior volume de chuva para o período no Estado, com 346,60 milímetros. Ainda houve nova chuva forte na madrugada de quarta para quinta (12). Ao menos até domingo (15), contudo, a previsão é de que o mau tempo dê trégua em Santa Catarina.
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