Susto nas ondas gigantes na volta ao mundo de barco

Na primeira noite da primeira perna da Volvo Ocean Race, os competidores já puderam sentir as dificuldades que irão enfrentar para concluir as 39 mil milhas náuticas nos próximos oito meses de competição. Dois barcos sofreram graves danos provocadas por ondas gigantes e tiveram que retornar para o conserto. Com os problemas na costa espanhola, os barcos Abu Dhabi e Sanya estão temporariamente suspensos da competição.

O Abu Dhabi está em Alicante para trocar o mastro e quer voltar para a regata em dois dias. O caso do Sanya foi mais grave e o barco chinês só deverá retomar a prova na segunda perna, na Cidade do Cabo. O Sanya teve o casco bastante danificado após enfrentar ventos acima de 40 nós e as ondas de mais de 10 metros de altura no Mar Mediterrâneo, considerado um dos mais traiçoeiros do trajeto.

– Todos estão desapontados obviamente, mas graças a Deus estamos seguros, o que é mais importante. O que nos deixa mais tranquilos é que os danos não foram causados por algo que nós fizemos e sim por um acidente de percurso. São visíveis um rasgo na lateral e as fibras de carbono descascando – relatou o comandante Mike Sanderson.

O veleiro está no porto de Motril, a 250 quilômetros de Alicante, e a equipe irá definir se começa a consertá-lo na Espanha ou se leva o veleiro como está para a África. No barco árabe, o Abu Dhabi, o mastro se partiu em três partes e assustou os tripulantes, que retornaram para Alicante para consertar os danos. Apesar do começo inesperado, a equipe se mostrou motivada para continuar na maior regata de volta ao mundo.

– O nome do nosso barco é Azzam, que significa determinação, e é exatamente o que estamos sentindo agora. Nós queremos voltar para a água e dar 110% do nosso esforço. É claro que é difícil pensar sobre o que aconteceu, pois foi o dia mais assustador da minha vida – afirmou Adil Khalid, um dos mais novos velejadores da competição (23 anos).

O time árabe espera voltar para a regata dentro de dois dias e aproveitar a calmaria tradicional no Atlântico para alcançar a flotilha.