Com o agravamento da pandemia em quase todo o país, o envio de doses extras de vacinas contra o coronavírus até então garantidas aos estados em situação mais grave, como o de Santa Catarina, foi suspenso pelo Ministério da Saúde.

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A medida era aplicada desde o fim de janeiro, quando a crise ocorrida no Amazonas deu início à iniciativa. Desde então, cada estado que apresentava piora na taxa de contágio e de ocupação dos hospitais, recebia uma porcentagem a mais nas remessas, como tentativa de amenizar a crise nesses locais.

Em Santa Catarina, o último lote recebido – em 3 de fevereiro – chegou com cerca de seis mil doses a mais do que previsto no calendário, justamente porque o Estado passa pela pior crise de saúde já vivida, com lotação nos hospitais, pacientes aguardando por leitos e pessoas morrendo enquanto aguardam uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

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A nova remessa que chega a SC nesta quarta-feira (10), no entanto, não conta mais com a porcentagem extra. O Estado vai receber 86,4 mil doses, das quais 43,2 mil serão distribuídas imediatamente aos municípios catarinenses para as primeiras aplicações e o restante é reservado para completar o ciclo de imunização. 

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A Saúde avalia que neste momento, com a alta de contágio em diferentes estados de forma simultânea, não é possível mais fazer uma reserva de imunizantes para as regiões mais críticas ou mesmo indicar estados para receber doses extras. Com isso, a distribuição volta a ocorrer apenas com base na proporção da população de cada local.

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A decisão está no novo informe técnico divulgado pelo Ministério da Saúde, que trata da distribuição de 2,6 milhões de novas doses da Coronavac aos estados e municípios a partir desta terça (9).

No documento, a pasta lembra que ao menos cinco envios anteriores de doses de vacinas contaram com reserva de 5% – a maioria voltada para a região Norte.

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No documento, a pasta também afirma que, apesar de ser prevista como uma das medidas de controle, “não se pode considerar a vacinação como uma resposta imediata para contenção da circulação do vírus, sendo uma medida preventiva para redução da ocorrência de casos graves e óbitos a médio e longo prazo”.

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Assinado pela área técnica do Programa Nacional de Imunizações, o documento alerta para medidas de prevenção, como uso de máscaras, distanciamento social e higiene das mãos.

* NATÁLIA CANCIAN

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