Os quatro suspeitos presos durante operação da Polícia Militar instaurada após o desaparecimento de armamento do 8º Batalhão da PM, em junho do ano passado, foram condenados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma. Durante a investigação a polícia acabou apreendendo quase 180 quilos de maconha com os suspeitos.

Continua depois da publicidade

A polícia chegou à droga e aos envolvidos após identificar Vanderlei Camargo, de 34 anos, como sendo um dos homens que estaria com armas furtadas do batalhão em julho do ano passado. Durante a abordagem realizada no início de agosto, um revólver de calibre 38 foi recuperado.

Vanderlei foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma. A companheira dele, Claudia Rosana Zimmermann, foi condenada a nove anos e oito meses por tráfico e associação para o tráfico. A pena dela é menor porque ainda não possuía antecedentes criminais.

Outros dois homens também foram presos com o casal durante a ação da PM. Ivan Roberto Pereira pegou 14 anos e seis meses por tráfico, associação para o tráfico e porte ilegal de arma. Lindomar Pereira Figueiredo, foi condenado há oito anos e dez meses por tráfico e associação para o tráfico. Os réus não poderão apelar em liberdade porque responderam ao processo presos. A sentença foi proferida ontem pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, da 2º Vara Criminal. Somada as penas chegam a 48 anos.

Continua depois da publicidade

– O elenco probatório revela que todos os quatro acusados estavam agindo em concurso para manutenção do depósito e guarda de aproximadamente 173 quilos de maconha, parte alocada dentro do banheiro de uma casa alugada, no bairro João Costa, e outra parte enterrada numa “chácara”, no bairro Jarivatuba -, concluiu a sentença.

Na casa de Vanderlei, a polícia encontrou cerca de 120 quilos de maconha, uma balança de precisão, o revólver da PM e dez munições deflagradas. A droga e a arma estavam escondidas no banheiro. O restante da droga foi encontrada dentro de tonéis enterrados na chácara de Lindomar, no Jarivatuba. Durante as diligências, um adolescente de 14 anos também foi apreendido como suspeito de integrar a quadrilha, porém não foi possível comprovar o crime de corrupção de menores.

Contraponto

A advogada Patrícia Lussani, responsável pela defesa de Vanderlei, Claudia e Ivan pretende recorrer da decisão. De acordo com a defesa, Vanderlei confessou que guardava a droga, porém não a vendia. Segundo a advogada, Claudia e Ivam não tinham conhecimento sobre a droga. Ivan era funcionário da empresa de tintas do casal.

Continua depois da publicidade

A reportagem tentou entrar em contato com o advogado responsável pela defesa de Lindomar, mas ele não atendeu ao telefone.