A juíza Patrícia Nolli, de Jaraguá do Sul, começa a ouvir nesta quinta-feira as testemunhas e os suspeitos da Operação Game Over, desencadeada em novembro do ano passado pelo Ministério Público (MP) de Santa Catarina.

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A ação contou com a participação da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e desarticulou um grupo suspeito de gerenciar um esquema de jogos ilegais, como caça-níquel e jogo do bicho em Jaraguá do Sul e Guaramirim.

Das 11 pessoas presas no dia 3 de novembro, sete permanecem detidas. Entre elas, a ex-delegada regional de Jaraguá do Sul Jurema Wulff. Ela está em uma cela especial do 14º Batalhão da Polícia Militar na cidade.

Segundo a investigação do MP, a suspeita é de que a ex-delegada acobertava os jogos ilegais. Depois de descoberto o caso, Jurema Wulff foi afastada do cargo.

Um dos suspeitos de articular do esquema é o empresário José Wodszinski, 65 anos, conhecido como Zeca Bicheiro. Ele comandaria o jogo na região. Policiais encontraram na casa dele máquinas para imprimir blocos de jogos do bicho e US$ 183 mil guardados no cofre.

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A audiência para ouvir as testemunhas ocorre a partir das 9h no Tribunal do Júri do Fórum de Jaraguá do Sul. Cerca de cem pessoas vão prestar depoimento. A previsão é de que até o dia 5 de março tenha terminado todos os depoimentos.

Os suspeitos foram detidos pelos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo profissional, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e contravenção do jogo do bicho. A meta da Justiça é que ainda neste ano seja dada a sentença sobre esse caso.