Durante operação para o combate ao crime organizado e tráfico de drogas na comunidade do Siri, nos Ingleses, em Florianópolis, a Polícia Militar prendeu o jovem suspeito de tentativa de homicídio que foi solto pela Justiça semana passada, mas teve a prisão preventiva decretada poucos dias depois e era considerado foragido.
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Além do cumprimento do mandado de prisão preventiva, também foi lavrado flagrante contra Cleiton Waltrick Leite da Silva, de 20 anos, pelo porte ilegal de uma pistola calibre 38.
Suspeito de ferir quatro pessoas a tiros nos Ingleses, Cleiton chegou a ser preso em flagrante depois do crime, mas foi solto poucas horas mais tarde. Na audiência de custódia que definiria a conversão do flagrante em prisão provisória ou em liberdade provisória, a juíza Erica Lourenço de Lima Ferreira decidiu libertar o suspeito. Assim que o caso foi remetido para a Vara do Júri da Capital, no entanto, a situação mudou: o juiz Marcelo Volpato de Souza decretou a prisão preventiva dele na sexta-feira, seguindo recomendação do Ministério Público.
Conforme alertou o MP, trata-se de um crime grave e de repercussão, envolvendo facções criminosas e pelo menos quatro vítimas. A libertação dele pela juíza após a audiência de custódia teve grande repercussão nas redes sociais e no meio policial. Isto porque, além do envolvimento no tiroteio, a PM informou que Cleiton tem 14 passagens policiais e uma condenação por tráfico de drogas.
Conforme anotado pela magistrada ao determinar a soltura, o caso se tratava de “acertos de contas entre membros de facções criminosas, o que não coloca em risco a sociedade, já que é fato isolado e determinado. A prisão do conduzido pode inclusive trazer risco a sua vida”.
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Na operação no Siri nesta quinta-feira atuam cerca de 55 policiais, incluindo apoio do Canil e do Bope. A ação começou às 4h30min e busca cumprir 13 mandados de busca e apreensão na comunidade. Até as 8h40min, duas armas de fogo foram apreendidas.