Em meio a rumores de que estaria rearticulando um esquema para comandar sua rede criminosa, o traficante Fernandinho Beira-Mar foi transferido na quinta-feira, pela terceira vez, para a Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

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Depois de passar por cinco Estados nos últimos anos, ele estava encarcerado desde fevereiro no presídio federal de Porto Velho (RO), onde a inteligência policial detectou indícios da presença de possíveis comparsas do traficante estabelecendo-se na cidade.

O Departamento Penitenciário Nacional (Depen) informou que o rodízio de presos perigosos faz parte de uma política regular adotada nos últimos anos nos presídios federais de segurança máxima. Um dos objetivos é impedir que eles criem vínculos com outros detentos ou viabilizem meios de comandar seus negócios de dentro da prisão, com auxílio de parentes ou advogados.

Na quinta-feira, além de Beira-Mar, outros 108 presos mudaram de endereço, em uma megaoperação que mobilizou 23 agentes, dois aviões e diversas viaturas. Forte esquema de segurança foi montado para a escolta do traficante desde o Aeroporto de Cascavel, onde o avião do Depen pousou, até Catanduvas, a 55 quilômetros.

Outros presídios federais também tiveram um dia movimentado. O de Porto Velho, de onde saiu Beira-Mar e outros oito detentos, recebeu 19 presos transferidos de outras unidades. No de Mossoró (RN), saíram 11 e chegaram 11, enquanto o de Campo Grande (MS) recebeu 43 e despachou 15.

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A tática do rodízio é adotada desde 2008, quando o governo abortou planos de atentados arquitetados por Beira-Mar e o traficante colombiano Juan Carlos Abadía. Eles se uniram aos maiores ladrões de banco do país no presídio federal de Campo Grande para aterrorizar juízes que atuavam nos seus processos e autoridades que poderiam atrapalhar seus negócios milionários.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.