O homem suspeito de matar a namorada grávida no município de Videira, no Meio-Oeste de Santa Catarina foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e pode ir a júri popular. O crime ocorreu no dia 5 de abril deste ano e causou grande comoção da população do bairro Oficina, onde a vítima, Maria Julia Borges Bitencort, de 18 anos foi morta.
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De acordo com o delegado Édipo Flamia Helt, responsável por investigar o caso, o casal estava junto há cerca de seis meses e Maria Julia estaria no segundo ou terceiro mês de gestação, segundo familiares. Eles não moravam juntos, mas, conforme o investigador, se encontravam com frequência na casa do namorado, local em que a jovem foi assassinada.
Segundo as investigações, o suspeito teria cometido o crime por não aceitar que a vítima saísse com as amigas. Durante o interrogatório, o namorado permaneceu em silêncio, no entanto, testemunhas confirmaram que Maria Julia era constantemente agredida.
— Ele era extremamente ciumento, possessivo e agressivo. Várias pessoas presenciaram isso, mas nem a vítima, nem familiares e amigos registraram ocorrência — relata o investigador.
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O disparo de espingarda calibre 12 teria sido feito repentinamente, sem que a jovem pudesse se defender, deixando o rosto dela totalmente desfigurado. O suspeito chegou a fugir, mas foi localizado pela polícia horas depois, em casas alugadas que funcionavam como ponto de venda de drogas. Conforme o delegado, inclusive, o suspeito pertence a uma organização criminosa.
O réu está preso preventivamente desde a época dos fatos, aguardando o desenrolar do processo. Ele tem passagens pela polícia por outros crimes, como tráfico de drogas, lesão corporal e associação para o tráfico. Ele foi indiciado por feminicídio com pena agravada pela gravidez da vítima e também pelo aborto sem consentimento da gestante.
*Sob supervisão de Luana Amorim
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