Em menos de um mês após o crime, o suspeito de ter matado Juliana Grasiela Wirth é denunciado pelo Ministério Público pelo crime de feminicídio. A vítima foi morta enquanto dormia, ao lado do filho de 2 anos, no fim do mês de maio, em Guaramirim. As investigações indicam ainda que, após cometer o crime, o suspeito voltou ao local para filmar a mulher morta. O órgão pede que ele seja julgado em júri popular.

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O homem foi denunciado pelo MPSC por homicídio com quatro qualificadores – motivo torpe, dissimulação, para assegurar a impunidade de outro crime e feminicídio. Entre os dias 23 e 24 de maio, o réu foi até a casa onde a vítima vivia de aluguel e a atingiu com um golpe de faca na região do peito, o que causou sua morte. Conforme a Polícia Civil, ela dormia ao lado do filho de 2 anos quando ocorreu o crime.

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Fotos da vítima e local do crime

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Ainda segundo a denúncia do MP, o crime foi motivado por uma suspeita de que a mulher, que era inquilina de sua ex-companheira, havia feito uma denúncia contra o ex-casal por crimes contra a filha menor de idade. O denunciado, acreditando que a vítima havia comunicado os supostos crimes à polícia, disse à ex-companheira que iria “fazer um negócio” e “acabar logo com esses problemas”.

O homem teria ido até a casa da vítima e a matado. Além disso, após o crime, ele retornou ao local da ação e filmou a mulher já sem vida e a criança, que estava acordada ao lado do corpo e nitidamente assustada, apontou o MP.

— O homicídio foi praticado contra mulher por razões da condição de sexo feminino. Ele também teria se aproveitado da vulnerabilidade da vítima para a concretização de seu ato criminoso. Além do motivo torpe, o crime também foi cometido para assegurar a impunidade de outros delitos, já que acreditou que, assim, ela não poderia testemunhar sobre outros os fatos que envolvem violência de gênero, pelos quais está sendo investigado — destacou o Promotor de Justiça Wesley da Silva.

A ação penal pública foi ajuizada em 6 de junho de 2024 e recebida pela Justiça no mesmo dia. Agora, o MPSC pede que o homem seja julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Guaramirim.

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