O suspeito de matar um homem após briga em um mercado de Palhoça alegou legítima defesa durante depoimento, segundo a Polícia Civil. O caso aconteceu no último dia 8, na Praia do Sonho, e o dono do estabelecimento, que assumiu a autoria do crime, foi ouvido na segunda-feira (16).

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> Polícia vai ouvir suspeito de matar homem que recusou a usar máscara em mercado de Palhoça

De acordo com o boletim de ocorrência (BO) feito pela Polícia Militar (PM), a vítima teria tentado entrar sem máscara no mercado e, após ser barrada, voltou até o estabelecimento portando uma faca e ameaçando funcionários e pessoas que estavam no local.

O BO alega que o homem foi até o mercado para comprar bebidas alcóolicas. As pessoas que estavam no local entraram em luta corporal com a vítima e a desarmaram, segundo a PM. O homem foi atingido na cabeça e levado até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), onde foi constatada a morte, de acordo com o BO.

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Conforme informações do delegado responsável pelo caso, Fabiano Ribeiro da Rocha, o suspeito confirmou o crime durante depoimento na segunda-feira. Ele é o responsável pelo mercado, de acordo com Rocha.

Ouvido, o homem que confessou o crime alegou legítima defesa, segundo a Polícia Civil. A investigação aponta que após entrar no estabelecimento para comprar bebidas alcóolicas, a vítima teria percebido demora no atendimento e, então, começou uma discussão que terminou em morte.

Nas câmeras analisadas, não é possível perceber se o homem está com ou sem máscara, segundo Rocha. As testemunhas afirmam que a vítima estaria alcoolizada, mas isso ainda não foi confirmado pela polícia.

O responsável pelo mercado não foi preso, e o caso deve ser encerrado na próxima semana, após o delegado ouvir a família da vítima. O autor do crime deve responder em liberdade.

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– As provas já estão robustas, não há necessidade de prisão; o autor está colaborando com a investigação – diz Rocha.

O responsável pelo mercado e a vítima não tinham nenhum tipo de briga ou desentimento, segundo a Polícia Civil. O laudo pericial deve sair nos próximos dias. O autor do crime e os funcionários do mercado já prestaram depoimento.

O que alega a família

A família da vítima foi ouvida pela reportagem e contestou a versão do BO, registrado pela PM. Os familiares afirmam que o homem foi morto pelo dono do mercado e que ele foi até a casa da família para pedir que a mãe buscasse o corpo do filho, que estaria jogado na calçada. 

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A vítima, segundo a irmã, foi encontrada a cerca de 20 metros de casa, em frente a uma floricultura. O homem faleceu segundos depois que a mãe chegou no local, de acordo com a irmã.

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A vítima, segundo a PM, possuía passagens pela polícia por lesão corporal, ameaça, dano, invasão de propriedade e crimes ambientais. A irmã confirmou as ocorrências e disse que no momento do acontecido, ele não estaria drogado e nem portando uma faca.

*Sob supervisão de Vinicius Dias.

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