O universitário Junior Piovesan, 21 anos, suspeito de matar a facadas a ex-namorada Kátia Bessegato, 23 anos, em Joaçaba, no Meio-Oeste, foi preso nesta quinta-feira em São João da Urtiga, no Norte do Rio Grande do Sul, na casa dos pais. Piovesan deve ser encaminhado nesta sexta-feira ao Presídio Regional de Joaçaba.
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O casal namorava havia cerca de nove anos. As brigas entre os dois ficaram mais frequentes depois que Kátia e Junior passaram a morar juntos em um apartamento na Rua Angelo Scarpetta, no bairro Cruzeiro do Sul, em Joaçaba.
Conforme o delegado Mauricio Pretto, o estudante de Engenharia Mecânica se tornou violento e agressivo nos dois meses que antecederam a morte da namorada. As amigas de Kátia falaram em depoimento que ela vinha reclamando do comportamento do companheiro. Kátia e Piovesan chegaram a arremessar objetos um contra o outro.
No dia do crime, 24 de abril, foi ele quem chamou a polícia para informar que a namorada havia sido morta. Quando os peritos chegaram ao local, a jovem estava caída em frente ao apartamento com quatro facadas.
Durante a investigação, já foram ouvidas mais de 20 pessoas e um andarilho chegou a ser preso, mas foi liberado. Depois do crime o rapaz retornou para São João da Urtiga, uma pequena cidade de economia agrícola.
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– Além de omitir dados, ele fraudou o local do crime. Confessou que limpou o cabo da faca para retirar as impressões digitais e, depois de matar a vítima, acredito que a retirou do quarto e a pôs em frente ao apartamento – contou o delegado Pretto.
O inquérito deve ser concluído até a próxima semana. Piovesan deverá ser indiciado por homicídio qualificado e crime processual. A pena pode ir de 12 a 30 anos de prisão.
Rapaz chegou a organizar ato por justiça após a morte
A família de Kátia está revoltada. O suspeito participou do velório e enterro, e na missa de sétimo dia chegou a fazer uma manifestação pedindo justiça, com camisetas e fotos de Kátia e a imagem de Nossa Senhora. Ele também teria permanecido por três semanas morando com os pais dela depois do crime e agora havia se mudado para a casa dos pais, abandonado a faculdade.
O advogado provisório do suspeito, Neucir Benetti, foi a Joaçaba no final da tarde de quinta-feira para se inteirar do caso. Ele disse que o rapaz está tranquilo e quer esclarecer os fatos porque quer provar que é inocente.
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