Nilton César Souza Junior, 36 anos, recebeu alta do Hospital Florianópolis na tarde desta quarta-feira e foi encaminhado para o Presídio da Agronômica. Na sexta-feira (23), às 14h30min, uma audiência de custódia no Fórum definirá pela manutenção ou não da prisão preventiva contra o vendedor de cachorro-quente suspeito de matar dois delegados da Polícia Federal A ocorrência, registrada como homicídio simples na madrugada de 31 de maio em uma casa de prostituição no Estreito, região continental da Capital, resultou nas mortes dos delegados cariocas Elias Escobar e Adriano Antônio Soares, depois de um tiroteio na saída do endereço 690 da rua Fúlvio Adduci.
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Agora, Nilton, que estava internado há três semanas, além de passar pela audiência de custódia também terá que prestar depoimento ao delegado Ênio Mattos, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, que investiga o caso. Ao conversar com a reportagem, Mattos não quis confirmar se o suspeito será ouvido ainda nesta quarta, se limitou a dizer “não sei”. O certo é que somente após o interrogatório de Nilton, Mattos ficará apto a concluir o inquérito que apura as circunstâncias do ocorrido.
O advogado Marcos Paulo Silva dos Santos, que defende Nilton, também entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva contra seu cliente. O pleito, contudo, não será objeto da audiência de custódia. Já o Ministério Público de Santa Catarina (MP/SC) requereu que sejam ouvidas novamente as testemunhas até o momento arroladas no processo, como as duas garotas de programa que estavam na casa no dia dos fatos, dois taxistas que presenciaram os acontecimentos e dois funcionários do Nilton Dog, estabelecimento do suspeito no Estreito.
MPSC avalia que inquérito ainda não esclarece se morte de delegados foi duplo homicídio ou legítima defesa
Três semanas depois do tiroteio que resultou na morte dos delegados federais Adriano Antônio Soares e Elias Escobar, na madrugada de 31 de maio, o promotor Luiz Fernando Pacheco avalia que as provas juntadas no inquérito pela Delegacia de Homicídios ainda não esclarecem se a ocorrência foi criminosa, caracterizada como duplo homicídio, ou legitima defesa por parte do comerciante Nilton César Souza Junior.
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