O empresário de 35 anos suspeito de matar o advogado Paulo Cesar Martins, 47 anos, em Florianópolis, prestou depoimento no final da tarde desta quinta-feira. Ele nega o crime.

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O homem foi levado para uma cela do Presídio da Capital. Ele foi preso no apartamento onde morava, no bairro Coqueiros.

Policiais da Delegacia de Homicídios tocaram o interfone do prédio às 15h30min. O morador atendeu e liberou a entrada dos policiais. Ao ser preso, negou qualquer ligação com a morte de Paulo Cesar.

Às 16h, quando chegou na delegacia, o homem não estava algemado. No início da noite, ao ser levado para a prisão, tapou o rosto com as mãos para não ser fotografado e desceu rapidamente escoltado por policiais.

Ele era considerado foragido da polícia desde o dia 11 deste mês, quando o juiz Luiz Cesar Schweitzer, da Vara do Tribunal do Júri, decretou a sua prisão temporária por 30 dias. Mas era investigado desde o crime, em 22 de julho, porque foi filmado no prédio de Paulo Cesar e também porque não tinha sido mais visto ou localizado pela polícia em seu apartamento.

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A polícia afirma que ele fugiu para o Paraguai em seguida ao assassinato e tem uma foto do seu carro cruzando a Ponte da Amizade. O delegado Ênio Matos disse que o suspeito retornou a Florianópolis na terça-feira e que ele também esteve no Uruguai nesses dias.

Para o delegado, o homem preso é o autor dos disparos. Ênio afirmou que ele era amigo, ex-cliente do advogado e passa por ‘problema existencial’. O motivo do crime seria pessoal. O suspeito teria discutido por questões religiosas e místicas com o advogado.

O delegado disse que o suspeito também pretendia matar outras duas pessoas antes de Paulo Cesar pela mesma razão, mas que não encontrou os alvos e desistiu. A polícia tenta agora encontrar a arma do empresário, uma pistola supostamente usada no crime.

O advogado Rafael May, defensor do empresário, disse que o seu cliente afirma que não cometeu o crime. Ele disse que o homem foi ao Paraguai fazer turismo em uma viagem que já estava programada. May tentará nesta sexta-feira na Justiça a liberdade provisória do suspeito.

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O crime

O suposto atirador foi filmado pelas câmeras do circuito interno do edifício Canadá no horário em que ocorreu o crime, por volta das 10h30min do dia 22 de julho deste ano.

Paulo Cesar foi morto com três tiros ao abrir a porta do seu escritório, no terceiro andar.