Policiais civis e militares de Florianópolis apuram a morte a tiros na noite desta quinta-feira de Tiago Cordeiro, o Calcinha, considerado homem de confiança do traficante Sérgio de Souza, o Neném da Costeira. O assassinato ocorreu em um posto de combustíveis na Costeira e nenhum suspeito pelo crime foi localizado até as 23h20min desta quinta.
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Calcinha, de 23 anos, teria ido ao estabelecimento comprar gelo em sua BMW, acompanhado do irmão. Na sequência, um veículo Gol prata com dois homens parou no posto e seguiu Calcinha até a loja de conveniência. Ali, dispararam sete tiros contra ele. Calcinha morreu no local e os dois homens fugiram. Segundo informações da PM, o assassinato seria um acerto de contas. O irmão da vítima não foi baleado.
Câmeras registram momento em que assassinos entram no posto e disparam contra Calcinha:
A confirmação da morte de Calcinha foi dada pelo delegado Antonio Seixas Joca, da Delegacia de Combate às Drogas (Decod), e pelo comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Araújo Gomes, em sua página na internet. Araújo afirmou que Calcinha seria o braço-direito de Neném da Costeira, conforme apurou o Serviço de Inteligência da Polícia Militar.
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A PM inicialmente foi acionada com a suspeita de que havia ocorrido um assalto ao local. Depois, a apuração apontou que seria um acerto de contas. Às 22h desta quinta-feira havia pelo menos 10 viaturas das polícias militar e civil no posto, que foi isolado para perícia. O IML recolheu o corpo por volta de 22h20min.
BMW em que Calcinha chegou ao posto
Prisão pedida pela polícia
Calcinha teve recentemente a prisão preventiva pedida pelo delegado Joca, da Decod, em razão do tráfico de drogas, mas a Justiça negou. Ele respondia em liberdade denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) por posse de munições.
Tiago Cordeiro, o Calcinha, morto nesta quinta-feira
Em novembro do ano passado, Calcinha foi preso em flagrante pela Polícia Civil com munições dentro de uma Van, na entrada de Florianópolis. Ele e mais dois homens chegavam na Ilha vindos do Paraguai em uma Van.
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No carro havia pouca munição. Mas, desconfiados de que poderia haver mais dentro da lataria, a polícia encaminhou o veículo para um scanner em Itajaí. Dias depois, a polícia teve a confirmação que havia na lataria da Van 600 munições para armas restritas e até um carregador para fuzil.
Munição apreendida em Van que seria de Calcinha, em 2014
Nesse intervalo de tempo, Calcinha acabou sendo liberado do flagrante para responder em liberdade. O delegado afirma que depois juntou ao inquérito as informações da apreensão, comunicou o Ministério Público e pediu a prisão dele. Apesar disso, Calcinha continuou em liberdade por decisão da Justiça.
– Ele (Calcinha) foi investigado pela Decod e todos os indícios apontaram ele como a atual liderança do tráfico na Costeira, tanto que foi preso em flagrante por nós e indiciado em inquérito policial – observou o delegado Joca.
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* Com Victor Pereira