O suspeito de estuprar duas mulheres na mesma noite em Itapoá, no Litoral Norte, já foi identificado pela polícia, está com mandado de prisão ativo e é considerado foragido da Justiça. O caso aconteceu no final de abril e, antes de cometer o crime sexual, o homem teria ameaçado as vítimas com uma faca e as obrigado a entrar no carro dele. Elas teriam sido violentadas em um terreno baldio.
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De acordo com delegado regional Rafaello Ross, as mulheres têm 30 anos e estavam próximas à pista de skate, no bairro Itapema do Norte, quando foram abordadas e rendidas pelo homem.
Tudo aconteceu por volta de meia-noite de sexta-feira (22) para sábado (23) do mês passado e, segundo Ross, o homem se aproveitou da condição menos movimentada da cidade para cometer o crime.
— Depois que elas entraram no veículo, ele saiu das proximidades e as levou para um local ermo, onde ele teria consumado a violência sexual contra as duas. Depois, ele fugiu do local e, desde então, está sendo procurado pela polícia — explica Ross.
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As vítimas foram deixadas no terreno baldio e, assim que o suspeito foi embora, a Polícia Militar foi acionada por elas. Ross explica que, neste caso, por conta da gravidade, foi dada uma “condição de prioridade” à situação.
Portanto, já na semana seguinte, depois que as jovens passaram por exame de corpo de delito que constatou os estupros, o suspeito foi identificado, e o poder Judiciário emitiu mandados de prisão, busca e apreensão.
A polícia chegou ao nome do jovem com a ajuda de imagens de câmeras de segurança, que flagraram a movimentação do carro do suspeito nas proximidades de onde ocorreu o crime, e com base na ficha criminal do rapaz, que tem passagens por roubo e tráfico de drogas, além de já ter cumprido pena no sistema prisional do Paraná. Apesar de não ser morador da cidade, ele tem família em Itapoá e ia com frequência na casa dos parentes.
Ross diz que, com base no relato das vítimas, elas não o conheciam e souberam apenas dar características físicas dele, além de citarem a roupa que estava vestindo. A polícia afirma que o crime aconteceu de forma ocasional, e o homem abordou as vítimas aleatoriamente.
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— Já cumprimos mandado de busca na casa dele, em Itapoá. Quando os policiais foram lá, encontraram familiares do homem, que nada têm relação com o crime por ele praticado. Foram coletados alguns materiais lá para a investigação, mas ele não foi encontrado — descreve o delegado.
Suspeito não está mais na cidade
O delegado regional acredita que, por conta da repercussão que o caso teve na cidade, o homem já saiu de Itapoá ainda durante a madrugada ou manhã que sucedeu o crime. A polícia desconfia que ele já esteja fora do Estado.
Até por causa dessa notoriedade, Ross diz que foram divulgadas muitas informações falsas relacionadas ao assunto, principalmente nas redes sociais, como áudios, fotos e até vídeos de possíveis suspeitos.
A própria delegada Milena Fátima Rosa, responsável pelas investigações, disse à reportagem do AN que havia imagens circulando na internet de suspeitos de crimes cometidos em 2013 que estavam sendo apontados como responsáveis por este caso recente.
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— É quase uma década depois. Pedimos às pessoas que não repassem informações sem saber a origem delas, para evitar que inocentes sejam incriminados — alertou Milena.
Ross ainda complementou que este caso se tratou de um episódio isolado e que não há um estuprador à solta na cidade, até porque o homem está foragido.
— O pessoal acaba por ter uma cultura de lançar notícia para proteger a população, para que se acautele, mas infelizmente tem aqueles também que gostam de causar pânico. Eles acabam disseminando informações incorretas, de algo que ouviu dizer, costura uma história e lança aquilo como verdade, vai pulverizando e fica um caos. Itapoá não tem esse histórico de violência sexual, salvo aqueles de vulneráveis que acontecem em todos os locais, mas que a Polícia Civil está sempre monitorando — tranquiliza.
Agora, as diligências seguem entre as polícias Civil e Militar a fim de prender o suspeito.
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