O suspeito de estuprar uma criança de três anos em uma van escolar em Major Gercino, na Grande Florianópolis, foi preso na noite desta quinta-feira (2). De acordo com a Polícia Civil, o motorista da van foi parado pela Polícia Civil na estrada entre São João Batista e Tijucas e teria resistido à prisão.
Continua depois da publicidade
> Receba notícias de Florianópolis e região pelo WhatsApp
Os agentes monitoravam o suspeito e seguiam o carro dele quando cumpriram o mandado de prisão. Logo depois, o homem foi levado ao Hospital de Canelinha. A Polícia Civil informou ainda que o motorista teria tentando suicídio no momento em que foi abordado – laudo pericial deve apontar o que ocorreu.
Segundo os policias, ele será encaminhado para exame de corpo de delito em Balneário Camboriú e levado para o presídio de Tijucas.
O crime
Ao Hora, a tia da vítima disse que a menina teria sido estupro pelo motorista do transporte escolar, oferecido pela prefeitura por serviço tercerizado. O caso corre em sigilo de Justiça.
Continua depois da publicidade
De acordo com o Conselho Tutelar, no dia do suposto estupro, o homem deixou parte dos alunos em um colégio e, depois, deveria seguir até outra escola para deixar a menina. A distância entre as duas instituições de ensino é de 20 metros, mas o trajeto demorou cerca de 30 minutos, segundo o Conselho Tutelar.
— Ela estava bem nervosa, era nítido — disse Mariza Maleski do Conselho Tutelar, que atendeu a ocorrência.
> Autora de ‘Como matar seu marido’ é acusada de assassinar o próprio marido a tiros
O primeiro relato do suposto abuso foi feito pela menina dentro da sala de aula, segundo o que afirmou o órgão. A criança foi levada até a direção da escola, onde falou novamente sobre o caso. A Secretaria de Educação foi acionada, assim como o Conselho Tutelar e a família da vítima.
— Ela dizia que o tio da van tinha passado a mão nela, colocado o dedo dentro dela e feito tal coisa com o “piu piu” dele — relembra a tia, cujo nome será preservado para não identificar a vítima.
Continua depois da publicidade
A menina foi levada até a Polícia Cientifíca, para fazer exame de corpo de delito. No entanto, como os médicos que atendem são todos homens, ela se negou a fazer o teste. Segundo o Conselho Tutelar, ela teve que ser encaminhada para São João Batista, onde peritas mulheres fazem atendimento.
— Entrou em pânico, ficou nervosa — contou a tia.
O Conselho Tutelar afirmou que outros casos de supostos abusos cometidos pelo motorista foram relatados. A família, inclusive, confirmou que já sabia de outras possíveis tentativas e havia avisado o dono do transporte público. No entanto, segundo a tia, nada foi feito. Essa é a única empresa que faz o trajeto percorrido pela vítima entre sua casa e a escola.
— Coração em pedaços e querendo justiça — completou a familiar.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação do município e com a empresa responsável pela van escolar, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.