Um dos suspeitos de envolvimento no assassinato cruel do morador de Blumenau João Philip Gonçalves Nunes foi preso na Paraíba na última sexta-feira (22). O crime aconteceu em dezembro do ano passado em Curitiba, quando João, 23 anos, foi buscar o filho com a ex-companheira, já que tinha direito à guarda do menino.
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Para a Polícia Civil, ela armou uma emboscada para o rapaz.
O suspeito, também de 23 anos, seria o atual companheiro da ex-mulher de João. Ele e a parceira foram indiciados por homicídio qualificado e subtração de incapaz, pois a criança de quatro anos não foi entregue aos avós paternos, conforme determinação judicial.
A suspeita de planejar o assassinato, porém, não foi encontrada. Ela é considerada foragida.
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O crime
De acordo com o delegado Thiago Nóbrega, em dezembro de 2021 João foi até a capital paranaense de carro acompanhado dos pais para buscar o garoto. Conforme a investigação, ao chegar a Vila Corbélia, uma favela, o rapaz seguiu as orientações da ex-mulher e foi até o local indicado por ela através de mensagens de texto.
Isso era por volta das 10h.
Na casa teria sido brutalmente espancado com golpes na cabeça e esfaqueado até a morte por quatro homens. Depois o corpo foi jogado em uma área de mata próxima.
Ainda de acordo com o delegado, preocupados com a demora do filho, os pais de João teriam entrado na comunidade. Lá teriam ouvido de uma mulher que era melhor saírem do local para não acabarem mortos. O rapaz foi achado sem vida no mesmo dia, perto das 13h30min, por uma pessoa que passava na região, viu o corpo e chamou a polícia.
— O João combinou com essa ex-companheira de ir até o local onde ela estava para pegar a criança e ela acabou armando uma emboscada para ele. Porque assim que ele chegou na favela, ela o levou até os comparsas, que espancaram João até a morte e desovaram o corpo numa área de mata nas proximidades — explica Nóbrega.
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O policial conta que a ex-mulher brigou pela guarda da criança na Justiça e chegou a dizer que o pai abusava sexualmente do filho. Laudos confirmaram que se tratava de mentira. A Vara da Família concedeu a tutela do pequeno para João.
A mãe da vítima, Katia Regina da Silva, diz que o filho tinha a guarda do neto desde dezembro do ano passado. Porém, a mãe do pequeno estava com ele porque a Justiça tinha autorizado a passar um período com a genitora. Depois disso o menino não teria sido trazido de volta ao Vale do Itajaí e João teria conseguido uma ordem judicial para buscar o garoto.
Sabendo que o ex-companheiro iria buscar o filho no domingo, a mulher teria dito a traficantes que o homem violentava a criança.
— Ela começou a espalhar esses boatos dentro da favela onde mora para que os traficantes locais pegassem raiva dele. E de posse desses boatos, assim que o João chegou na comunidade, ela avisou os traficantes. E normalmente nesse tipo de caso (estupro) eles acabam matando mesmo de modo cruel — conta Nóbrega.
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