O empresário da ramo da construção civil, Rubi de Freitas, 53 anos, se apresentou à Polícia Civil de Palhoça no final da tarde deste domingo. Ele é suspeito de envolvimento na morte do advogado Roberto Caldart, 42, na última terça-feira. Freitas tinha em aberto contra ele um mandado de prisão temporária.

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Os advogados Leonardo Baggio Caon e Osvaldo Duncke acompanharam o empresário até a delegacia e já pediram a liberdade provisória de Freitas, que está detido na própria unidade. A tese dele, segundo Caon, é de negativa de autoria:

— Não colaborou e nem incitou ninguém a fazer aquela coisa que aconteceu lá.

O defensor ainda afirma que o direito de posse do terreno onde ocorreu a discussão e morte de Caldart é do empresário. Caon ainda afirma que não havia uma mandado de reintegração de posse:

— Não tinha mandado. Ele pediu para os policias irem lá desocupar o imóvel. Eles foram. Estava tudo direitinho. Saíram e devolveram a chave para o Rubi. Ele foi ao local. Quando ele estava lá, chegaram os invasores e o advogado.

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Os cinco policiais detidos pelo crime negam envolvimento na morte. Eles estão em batalhões da Polícia Militar da Grande Florianópolis.

Suspeito segue foragido

O sétimo suspeito do crime segue foragido. É Juliano Cleberson Campos. A defesa dele, feita por Osvaldo Duncke, deve apresentá-lo à Polícia Civil nesta segunda-feira. Campos também tem contra ele um mandado de prisão temporária aberto.

O IGP deve concluir entre esta segunda e terça-feira o laudo pericial que vai apontar a causa da morte de Caldart. O documento é bastante aguardado pelos advogados de defesa dos sete envolvidos.

O crime

O advogado Roberto Luís Caldart, de 42 anos, foi morto na manhã da última terça-feira, em Palhoça, depois de ser agredido em um terreno na Barra do Aririú. Segundo a delegada Raquel Freire, que coletou as primeiras informações, o advogado defende moradores de quitinetes que ficam no terreno onde o crime ocorreu e foi chamado porque um grupo chegou ao local exigindo que deixassem a área, pois estariam cumprindo um mandado de reintegração de posse. Ao serem questionados pelo advogado, iniciaram a agressão.

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Freitas, que diz ser o dono do terreno, foi o responsável por levar até os seis homens que fariam a reintegração de posse. São cinco policiais militares e um vigilante. Durante a discussão entre eles, Caldart e os moradores do imóvel é que o advogado teria sido atingido e morreu.