A elucidação de crimes que ocorreram entre os meses de julho e agosto do ano passado em Barra Velha, no litoral Norte e em Luis Alves, no Vale do Itajaí, segundo a polícia, estão prestes a ter um desfecho.
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O primeiro deles e um dos mais traumáticos, deixou uma família desolada. Uma casa em Barra Velha foi invadida por três homens encapuzados que queriam, no primeiro momento roubar. Após pegar alguns objetos de pouco valor e amarrar as vítimas, a mulher da casa foi estuprada pelos três, em frente à família.
Segundo a polícia, o filho mais velho, de cinco anos, acompanhou o sofrimento da mãe. Os suspeitos ainda teriam aplicado choques na criança, para que ela parasse de chorar. Os momentos de pânico e violência sofrida deixou o garotinho com problemas para dormir. Ele ainda toma medicamento controlado e recebe auxílio psicológico. Depois do ocorrido, a casa se transformou numa fortaleza, conforme relatou a delegada responsável pelo caso, Tânia Harada.
– Eles colocaram grade por tudo, parece uma cadeia, essa família nunca mais terá sossego -, lamentou.
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Um dos suspeitos de praticar o crime foi detido na semana passada, na região de Palmital, no Paraná. Na tarde de ontem, ele foi transferido para Barra Velha, onde foi aberto o inquérito sobre o caso. Claudemir de Oliveira, 26 anos, se recusou a prestar depoimento, mas informalmente confessou aos policiais o roubo e negou o estupro. Na avaliação da delegada, ele nega o estupro por medo de sofrer represálias na cadeia.
Claudemir foi levado para a Unidade Prisional Avançada da cidade, onde também está preso o suposto parceiro de crimes dele. Claudinei Rocha Mariano, 21, foi preso na mesma região do Paraná, em janeiro, e também transferido para Barra Velha. O terceiro comparsa seria um adolescente que está foragido.
Na mesma época, os suspeitos teriam cometido uma tentativa de roubo, mas acabaram desistindo porque as vítimas teriam reagido.
Crime no Vale do Itajaí
O terceiro crime foi registrado na localidade de Braço Gavião, em Luiz Alves, um mês depois. Uma jovem de 17 anos foi estuprada supostamente por Claudemir. Ela já era casada na época, porém estava sozinha em casa quando tudo aconteceu. Após cometer a violência, o suspeito levou R$ 750. A vítima registrou boletim de ocorrência e fez o exame de corpo de delito que, agora, pode comprovar a autoria do crime.
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A moça e o marido deixaram o município catarinense e, por coincidência, acabaram indo morar na mesma cidade onde vivia o suspeito, no Paraná. Foi lá que a moça reconheceu o seu agressor e o denunciou para a polícia. Os dois suspeitos presos foram indiciados por roubo e estupro.