O homem suspeito de matar a namorada asfixiada em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pelos crimes de latrocínio e dano emocional. Indira Mihara Felski Krieger, de 35 anos, foi encontrada morta no apartamento onde morava em 8 de janeiro. O homem, que agora é réu no processo, permanece preso.
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Na ação penal, que foi aceita pela Justiça nesta terça-feira (8), os crimes, ainda, receberam a agravante por terem sido cometidos no contexto de violência doméstica, conforme prevê a Lei Maria da Penha. Os dois viviam uma união estável quando ocorreu a morte de Indira.
Além disso, ele também é réu por tentativa de estelionato contra a irmã da vítima.
Segundo as investigações da Polícia Civil, a mulher foi morta asfixiada no dia 7 de janeiro com uma almofada após um desentendimento com o então companheiro. O corpo só foi encontrado no dia seguinte por familiares da vítima.
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Ainda de acordo com o inquérito, a discussão teve início após Indira negar dinheiro ao suspeito, que era dependente de cocaína e, recorrentemente, pedia valores à vítima para sustentar o vício. Outro ponto é que, enquanto os dois moravam juntos, ele teria submetido a companheira à violência psicológica.
Após a morte, o homem, ainda, roubou um carro, a motocicleta, o celular e dinheiro de Indira. Com isso, de acordo com a polícia, ele teria passado dois dias em motéis da região, onde fez o uso de drogas.
Também durante a fuga, conforme a investigação, ele teria tentado enganar a irmã de Indira para que ela lhe transferisse R$ 500,00, se passando por ela, já que a família ainda não sabia que a mulher estava morta.
Namorado segue preso
Dois dias após o crime, Leonardo Trainotti foi preso ao se apresentar, junto com a advogada, na Central de Plantão Policial de Balneário Camboriú. Na segunda-feira (7), o juiz Juliano Rafael Bogo da 2º Vara Criminal de Itajaí determinou a prisão preventiva do homem.
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Na decisão, o magistrado destacou que a circunstância e o modo como a morte ocorreu com requintes de frieza, principalmente após o homem voltar ao local para buscar dinheiro e trocar de roupa, demonstram uma “gravidade peculiar”. Por conta disso, o juiz acredita que ele coloca em risco a ordem pública caso permaneça em liberdade. O caso segue em sigilo.
O Santa procurou a advogada de defesa do réu, mas não teve retorno até a publicação.
Relembre o caso
Indira foi encontrada morta no apartamento onde morava no bairro Fazenda, em Itajaí, no dia 8 de janeiro. Após encontrar o corpo, a Polícia Militar checou as imagens das câmeras de segurança do edíficio, que mostraram que o suspeito saiu do local com o carro da vítima.
A PM chegou a ir até a casa dos pais do homem, mas ele não foi localizado. Já no domingo (9), por volta do meio-dia, o carro de Indira foi encontrado no estacionamento de um motel em Balneário Camboriú.
De acordo com a Polícia Civil, a servidora foi morta asfixiada pelo namorado. A mulher era servidora no Cartório da Fazenda em Itajaí, e irmã da juíza Anuska Felski, que atua na Vara Criminal do município.
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