O suspeito de atropelar e matar a jovem Jeane Fagundes, de 23 anos, em Balneário Camboriú, no Litoral Norte de SC, foi indiciado pela Polícia Civil do município. O inquérito instaurado concluiu que o homem estava alcoolizado na noite do acidente, em fevereiro deste ano.
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Jeane caiu da moto em que estava com o companheiro e foi atropelada. O motorista fugiu do local e a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. A família busca por justiça.
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A polícia não pediu a prisão do motorista, no entanto, ele foi indiciado por homicídio e lesão corporal causada no piloto, namorado de Jeane, e em um ciclista quando tentou fugir do local.
O inquérito foi finalizado no dia 4 de março. Nele consta que o investigado admitiu que conduzia o carro e bateu na traseira da moto onde estavam as vítimas, no entanto, informou que não lembra de detalhes do acidente.
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Ainda de acordo com a investigação comandada pelo delegado David Tarciso Queiroz, o motorista estaria em alta velocidade e dirigindo muito perto da motocicleta onde Jeane estava.
O homem investigado diz que não ingeriu bebida alcoólica, mas, o passageiro que estava com ele no dia do acidente confirmou à polícia que eles haviam ido a dois bares em Itajaí horas antes da colisão e que teriam sim ingerido bebidas alcoólicas.
A polícia teve acesso as imagens de monitoramento dos bares. Segundo a investigação, nelas é possível ver que o suspeito tomou quatro garrafas de cerveja e um drink.
> Suspeito de causar acidente que matou jovem em Balneário Camboriú é identificado pela polícia
De acordo com a investigações, imagens do momento do acidente mostram que ele não freou antes de colidir com a traseira da moto.
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“Nas imagens da câmera de segurança incorporadas nos autos é possível vislumbrar que o investigado conduzia seu veículo automotor, poucos metros antes da colisão, provavelmente em velocidade acima do permitido para qualquer via (50 km/h) e praticamente colado da traseira da motocicleta onde a vítima encontrava-se”.
Durante a fuga, o motorista do carro ainda atingiu um ciclista, que não teve ferimentos graves. O investigado abandonou o veículo próximo ao local do acidente. Durante as investigações ele não foi preso e se apresentou à polícia dois dias depois do acidente para prestar depoimento.
“Ela era nossa fortaleza”
O acidente aconteceu na noite de 7 de fevereiro. A Blumenauense morava com uma amiga em Itapema. Era estudante de Nutrição. Os amigos e família descreveram ela como amiga para todas as horas. Segundo eles, ela estava sempre pronta para ajudar.
O irmão mais velho, Aroldo Cardoso de Lacerda, 42 anos, lembra como a irmã era caridosa, gostava de cuidar da família e dos animais e quanta força ela sempre ofereceu para todos.
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— Ela era nossa fortaleza. Não sabemos o que fazer, estamos sem chão — disse o irmão.
*Com informações de Carolina Fernandes, G1 SC