As duas mulheres acusadas de desviar carne da merenda escolar em Criciúma, presas na tarde desta segunda-feira, vão responder o processo em liberdade. Elas foram ouvidas pela Polícia Civil e liberadas pela Justiça, que alegou que não houve flagrante e que não há elementos suficientes para manter a prisão. Na casa de uma delas, a polícia encontrou pelo menos 40 kg de carne de frango e R$ 2.250,00 em espécie.
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A investigação sobre o desvio dos produtos começou na semana passada, segundo informações da 1ª Delegacia de Polícia. Assim que recebeu a denúncia, quem registrou boletim de ocorrência foi a coordenação da Associação Feminina de Assistência Social de Criciúma (Afasc), que administra alguns centros de educação infantil da cidade. Uma das envolvidas é funcionária da entidade.
Segundo o delegado Túlio Falcão, titular da 1ª DP, a mulher confessou ter desviado cerca de uma tonelada de carne, e que a ação ocorria há alguns meses. O levantamento inicial da Polícia aponta que foram pelo menos três toneladas, e a Afasc se prontificou a colaborar com as investigações para apurar a extensão dos desvios.
A funcionária será indiciada por peculato, que é o desvio de um bem ou valor público, com pena prevista entre dois e 12 anos de prisão. A outra mulher, que armazenava em casa a carne encontrada ontem, poderá responder por receptação qualificada, já que se beneficiava de produto oriundo do crime, e pode cumprir pena de três a oito anos.
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