As polícias Civil e Militar de Joinville montaram uma operação para encontrar os três homens que invadiram um ônibus com 40 passageiros e que colocaram fogo no veículo, na noite de sábado, no bairro Fátima. A principal suspeita é de que uma ordem tenha partido de dentro do Presídio Regional de Joinville, por um grupo que teria perdido regalias nos últimos dias.
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Este foi o quinto atentado em Santa Catarina em menos de 24 horas no fim de semana. Um ônibus foi queimado na sexta-feira em Florianópolis e outros três em Criciúma.
– A participação da comunidade é muito importante. Já temos suspeitos. Estamos fazendo as rondas para localizar as pessoas e apurar o fato – disse o capitão da PM Celso Mlanarczyki, que coordenou a reação da polícia após o ataque, no sábado.
Um moletom branco com cheiro de gasolina e uma calça jeans são algumas das pistas da polícia. Os três homens que invadiram o ônibus usavam roupas da mesma cor e óculos escuros. As peças foram encontradas por moradores do bairro e foram encaminhadas para a perícia. A população pode ajudar com denúncias. O número da PM é o 190 e da Polícia Civil é o 181.
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Além de queimar totalmente o ônibus da empresa Gidion que fazia a linha Adhemar Garcia via Nova Joinville, os criminosos aterrorizaram os passageiros e o motorista do veículo, que passava pela rua Fátima, uma das principais ligações da zona Sul. Todos precisaram descer às pressas e algumas pessoas pularam as janelas, contaram passageiros.
Ainda não há a confirmação de que os últimos incêndios criminosos no Estado estejam ligados a uma nova onda de ataques, como ocorreu em novembro de 2012 e fevereiro de 2013. Na época, denúncias de tortura e maus-tratos nas cadeias motivaram os crimes. Por enquanto, nenhuma facção criminosa assumiu a autoria dos ataques.
A Gidion informou que espera que “este seja um ato isolado e que não represente uma nova onda de ataques”.
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