A suspeita de fraude na produção, distribuição e venda de vinho colonial terminou com a apreensão de R$ 1 milhão em produtos nesta terça-feira (19) em Pinheiro Preto, no Meio-Oeste catarinense. A ação fez parte da 55ª Operação Ronda Agro do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), e teve como objetivo combater uma rede criminosa responsável pela comercialização da bebida fraudada, principalmente nas datas que antecedem o Natal e o Ano Novo.
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Segundo a pasta, foram fiscalizados três estabelecimentos produtores de vinho e derivados da uva e da bebida alcóolica, e dois depósitos. O nome das empresas não foi divulgado.
Nas buscas, foi flagrada a produção clandestina de vinagre colonial em um galpão nas dependências de uma das vinícolas alvo da operação, assim como a colocação de rótulos irregulares em vinhos coloniais e outras bebidas nos fundos de um dos depósitos.
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Cerca de 72.946 litros de produtos, entre vinhos coloniais, vinagres e outras bebidas alcóolicas, que estavam em situação irregular, foram apreendidos. O prejuízo é de aproximadamente R$ 1 milhão. Também foram emitidos seis autos de infração e 19 termos entre apreensão, colheita de amostras e inspeção.
De acordo com o Mapa, a operação do Programa de Vigilância em Defesa Agropecuária para Fronteiras Internacionais (Vigifronteira) é um desdobramento da 39º Operação Ronda Agro, que ocorreu em junho na região e apreendeu 41 mil litros de vinho colonial.
Participaram da ação servidores da Vigifronteira, especialistas da Coordenação de Fiscalização de Vinhos e Bebidas e dos Serviços de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, além do Centro Integrado de Operações de Fronteira do Ministério da Justiça e Segurança Pública (CIOF/MJSP).
Confira fotos da apreensão
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Entenda a fiscalização
O foco da fiscalização do Mapa é coibir o comércio e a produção ilegal que levam à concorrência desleal com aquelas indústrias que respeitam os processos legais na fabricação e comercialização de vinhos e derivados da uva.
O coordenador de Fiscalização de Vinhos e Bebidas, Marcelo Mota, alerta sobre o risco do consumo de produtos sem registro.
— Além de os consumidores estarem sujeitos a pagar caro por um vinho irregular, não há segurança sobre a natureza do líquido contido nas garrafas, que pode ser desde uma bebida adicionada de aditivos com a intenção de reproduzir, de forma enganosa, um produto idôneo, até uma bebida elaborada com ingredientes proibidos e que podem colocar em risco a saúde humana — diz.
Todos os produtos derivados da uva e do vinho precisam do registro do Mapa antes da comercialização. O número deve ser informado no rótulo da embalagem. Caso o consumidor se depare com produtos sem a sinalização, deve encaminhar a denúncia por meio do canal oficial Fala.BR.
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