A ex-mulher de João Philip Gonçalves Nunes, apontada como responsável por criar a emboscada que resultou na morte do rapaz de Blumenau, de apenas 23 anos, teve a prisão preventiva convertida para domiciliar. Além de poder esperar o andamento do processo em casa, com uso de tornozeleira eletrônica, a suspeita terá de entregar o filho aos avós paternos da criança.
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João foi brutalmente assassinado em Curitiba em dezembro do ano passado ao ir buscar o filho de quatro anos. A vítima tinha a guarda da criança na Justiça. Maria Eliza Martins não queria entregar o menino, conforme apurou a investigação da Polícia Civil e, por isso, inventou na comunidade em que estava morando que João havia abusado sexualmente do próprio filho.
Ainda de acordo com o delegado Thiago Nóbrega, naquele dia, o morador de Blumenau foi até a capital paranaense de carro acompanhado dos pais para buscar o garoto. Ao chegar a Vila Corbélia, uma favela, o rapaz seguiu as orientações da ex-mulher e foi até o local indicado por ela através de mensagens de texto.
Na casa, foi brutalmente espancado e esfaqueado até a morte por quatro homens. Depois, o corpo foi jogado em uma área de mata próxima.
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Dois dos suspeitos foram presos. Um deles, também de 23 anos, seria o atual companheiro de Maria Eliza e chefe do tráfico. Ele e a parceira foram indiciados por homicídio qualificado e subtração de incapaz, pois a criança de quatro anos não foi entregue aos avós paternos, conforme determinação judicial.
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A suspeita de planejar o assassinato, porém, não havia sido encontrada até então. Neste mês, a família dela procurou o advogado Jaison Silva, que fez o pedido da conversão da prisão preventiva em domiciliar. Ele explica que a Justiça aceitou a solicitação nesta segunda-feira (29) por entender, entre outros itens, que Maria Eliza não tem antecedentes criminais e cumprirá as determinações impostas, como a de entregar o pequeno aos ex-sogros.
Ela ficará em uma casa de Blumenau. O defensor afirma estar em contato com o advogado da família de João para combinar, ainda na tarde desta terça-feira (30), de devolver a criança aos avós paternos. Silva nega a participação da cliente no assassinato de João e garante que a inocência será comprovada ao longo do processo.
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