A Polícia Civil cumpriu 14 ordens judiciais na manhã desta quarta-feira (30) com base nas investigações de um suposto desvio de dinheiro público no hospital de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina. Segundo o delegado responsável pelo caso, Marcos Vinicius Flaire, ainda não é possível precisar quanto de recurso foi desviado, mas acredita-se que passe de R$ 5 milhões.
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Os mandados de busca e apreensão e os de sequestros de bens foram cumpridos nas primeiras horas do dia nas cidades de Itapema, Balneário Camboriú, Porto Belo, Navegantes, Curitiba (PR) e Pelotas (RS), onde residem os envolvidos nos supostos desvios. Ainda não há um balanço do que foi apreendido, mas o delegado diz que o objetivo é inclusive mapear imóveis e veículos que não foram declarados pelas partes.
Os desvios teriam ocorrido entre 2013 e 2017. Conforme as investigações, a prefeitura fazia repasses ao Hospital Santo Antônio, que era administrado por uma Organização Social (OS). Essa, por sua vez, apresentava algumas notas falsas na prestação de contas. Na prática, a OS dizia ter gasto um valor maior do que o de fato usou e a diferença era dividida entre empresários, diretores do hospital e também agentes públicos.
Essa é a segunda fase da operação Sutura, que revelou uma organização criminosa que desviava dinheiro da saúde no município de Penha, conforme a polícia. Na época a poícia tinha conhecimento de que a prefeitura de Itapema destinou mais de R$ 18 milhões à mesma OS, sediada em Penha.
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Porém, ainda não havia indícios suficientes do esquema delitivo operado naquela cidade.
Os nomes dos investigados não foram divulgados pela polícia.
A prefeitura de Itapema informou, por meio da assessoria de imprensa, que não irá se manifestar sobre o caso e defendeu que se trata de um episódio da gestão anterior.