O Sistema Único de Saúde (SUS) vem registrando anualmente redução nos partos de adolescentes. De acordo com a enfermeira obstetra da gerência de saúde, Rita de Cássia Teixeira Rangel, os municípios do Litoral Norte catarinense também têm apresentado dados inferiores às estatísticas do país. Mesmo assim, segundo ela, a questão não deixa de ser preocupante.
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– Apesar dos dados da região serem inferiores aos do Brasil, não significa que a gravidez na adolescência não é preocupante, pois sugere que as adolescentes estão em situação de vulnerabilidade social – explica.
Se comparar 2013 com 2012, apenas Camboriú e Navegantes tiveram alta no percentual de mães adolescentes. Os outros municípios (veja o quadro) tiveram redução ou mantiveram o percentual. Segundo a enfermeira, a redução de casos na região pode ser atribuída à atuação da Estratégia Saúde da Família, com ações de educação sobre planejamento familiar e campanhas educativas.
No entanto, para a psicóloga e professora do curso de psicologia Uni vali, Cláudia Schiessl, a tendência é que o número de grávidas adolescentes aumente. Conforme ela, são feitos cerca de 700 mil partos de adolescentes por ano no Brasil, um número que assusta. A profissional associa a gravidez principalmente a falta políticas públicas para trabalhar a prevenção:
– O governo dá assistência quando a mulher engravida, mas o que é feito antes? É parecido ter, por exemplo, uma disciplina na escola para discutir educação sexual.
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