Um surto de raiva animal vem preocupando os produtores rurais de Blumenau. Segundo a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), desde agosto oito focos já foram confirmados na cidade, no distrito da Vila Itoupava e no bairro Itoupava Central. A última vez que Blumenau registrou um número expressivo da doença como este foi em 2012.

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O responsável pelo escritório da Cidasc na região, o médico veterinário Augusto Upnmoor, afirma que já vem visitando as residências vizinhas aos locais onde foram confirmados os casos para orientar os agricultores.

– A cada caso detectado, visitamos todas as propriedades num raio de três quilômetros para orientar as pessoas e falar da importância da vacinação correta – conta.

Segundo ele, o principal transmissor continua sendo o morcego hematófago e a doença pode ser passada também para o homem. A transmissão ocorre por meio da saliva ou de mordidas e arranhões. Mas para identificar os casos, é preciso aguardar a morte do animal e só então os exames são feitos.

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– O ideal é que todos os produtores mantenham a vacinação dos animais em dia e o façam da forma ideal. As vacinas podem ser encontradas em agropecuárias, mas é preciso ter cuidado com o armazenamento e a forma de aplicação – diz Augusto.

Sintomas

– Perda de apetite

– Agitação

– Mudança de hábito (procuram esconder-se, mantêm-se imóveis ou deitados em um só local)

– Dificuldade em se deslocar

– Dificuldade de engolir água e alimentos

– Andar cambaleante

– Salivação intensa

– Tremores

– Alteração no mugido

– Fezes secas, escuras e com sangue

– Agressividade e dificuldade em se levantar

Como vacinar

– A primeira deve ser feita por volta dos três ou quatro meses de idade. Ver a indicação do fabricante da vacina

– Reforço 30 dias após a primeira vacinação

– Revacinação anualmente ou conforme as normas do serviço de Defesa Sanitária Animal da região

Cuidados importantes

– Não sacrificar o animal com sintomas nervosos (não consumir a sua carne)

– Isolar o animal do restante do rebanho e evitar manejá-lo

– Não colocar a mão na boca do animal que parecer engasgado

– Procurar imediatamente o posto médico quando sofrer agressão por animal doente, mas antes, lavar a ferida com bastante água e sabão

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– Procurar o médico veterinário

– Trabalho de captura só pode ser realizado por pessoas treinadas e autorizadas

– Não colocar medicamentos curativos na ferida (para identificar: a ferida feita pelo morcego forma um cordão de sangue, diferente das outras)

* Fonte: raiva.com.br, da fabricante de vacinas Merial