Em uma semana, Chapecó registrou 24 casos de “mão-pé-boca”. A doença, caracterizada por lesões na pele e febre, ganhou status de surto na maior cidade do Oeste e é motivo de preocupação por parte das autoridades sanitárias.
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O município chegou a emitir nota epidemiológica no último dia 20 de outubro. Os casos foram identificados em cinco escolas de Educação Infantil. As crianças infectadas foram afastadas e foi determinada higienização dos locais. Até segunda-feira (25) foram notificados 63 casos.
Segundo a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), não há dados estaduais sobre a notificação de casos da doença. O órgão monitora possíveis surtos e orienta os municípios em relação à propagação da doença.
A mão-pé-boca tem origem viral. Segundo nota informativa da Dive, a doença costuma acometer principalmente crianças menores de cinco anos. Ainda de acordo com órgão, os surtos são comumente registrados nos meses de primavera e verão.
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A transmissão se dá pelo contato por vias respiratórias e também fecal-oral. Os sintomas costumam durar de 3 a 7 dias.
Saiba como prevenir
O Infectologista Pediatra do Hospital Infantil Joana de Gusmão, Marcos Guchert, explica que a doença é altamente transmissível. A prevenção é feita por meio de isolamento dos infectados e limpeza de objetos de uso comum.
Além de febre alta, são comuns lesões nas palmas das mãos, na cavidade oral e ao redor da boca, nas plantas de pés e também nas nádegas.
— Por se tratar de uma virose, o uso de antibióticos é ineficaz e não existe nenhum tratamento contra o vírus. São usadas medicações para alívio da febre e da dor — comenta.
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Guchert explica que a doença não é grave e os sintomas diminuem em até sete dias.
— O risco maior é de desidratação, quando as lesões no interior da boca impedem que a criança ingira líquidos — conclui.
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