O surto da bactéria multiressistente KPC identificado no Hospital São Francisco de Concórdia, no Oeste catarinense, ainda não foi controlado. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde (SES). Por conta disso, a ala de UTIs infantis e neonatais da unidade segue vetada de receber novos pacientes.
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Em comunicado à reportagem do Diário Catarinense nesta sexta-feira (3), a SES afirmou que foram identificados ainda nesta semana casos de colonização da bactéria, ou seja, ela já foi reconhecida no organismo do paciente, mas ele não chegou a desenvolver sintomas de infecção pela KPC.
A secretaria disse ter orientado o hospital a monitorar esses pacientes para que seja evitada a infecção. Também de acordo com a SES, será feita uma nova avaliação na próxima semana no local, que indentificou o surto em 19 de maio.
Até lá, a unidade gerida por uma entidade beneficente deve manter medidas reforçadas de limpeza e higiene, além de aprimorar o manejo de antibióticos.
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Casos foram confirmados em maio
O último comunicado do hospital sobre o surto foi divulgado em 24 de maio. Na ocasião, a instituição anunciou que havia cinco casos de colonização pela bactéria e um paciente internado na UTI para crianças com sintomas de infecção pelo microrganismo multirresistente.
A reportagem tentou contato com o Hospital São Francisco para obter novo boletim médico na manhã desta sexta, mas não recebeu retorno até esta publicação.
Na ocasião em que o surto foi identificado, todas as 12 vagas da ala de UTIs infantis e neonatais da unidade estavam ocupadas. Uma médica do hospital, Clarissa Guedes associou o caso justamente à superlotação do local.
— Infelizmente, à longa data, estamos excedendo a nossa capacidade de ocupação, o que aumenta consideravelmente o risco de infecções e contaminações cruzada.
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Também à época, a SES afirmou que o excesso de demanda ocorria em um momento de aumento dos casos infecções respiratórias. O Estado segue em crise por conta disso, com pacientes pediátricos à espera de leitos em hospitais.
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