O treinador Felipe Surian foi apresentado nesta terça-feira (12) como novo comandante do Joinville para a disputa do restante do Campeonato Catarinense e da Série D do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, ele explicou o que levou a escolha de aceitar o desafio no JEC e qual será o método de trabalho a frente do clube.

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Felipe tem 37 anos e estava no Tupynambás, na disputa do Campeonato Mineiro. A carreira do treinador foi construída em equipes mineiras, como o Tupi, e no Volta Redonda. Os dois clubes conseguiram o acesso para a Série C quando eram comandadas por Suriano. Ele chegou a conquistar o título da Série D com o time do Rio de Janeiro, em 2016.

Surian explicou que um dos motivos para escolher o Joinville foi pela grandeza e tradição do clube. Ele destacou que o JEC hoje se encontra em uma posição no qual não condiz com a realidade. Segundo ele, outro fator para aceitar o desafio foi uma oportunidade ter o trabalho reconhecido em outro Estado.

Um dos aspectos que o novo técnico promete trazer para o Joinville é a experiência na disputa da Série D. Ele ressalta que o campeonato é curto e há pouco espaço para tropeços, por isso pretende trabalhar muito para melhorar a parte defensiva da equipe a partir dos próximos jogos.

– Vamos ter uma equipe um pouco mais concentrada, principalmente em termos defensivos. É onde eu gosto de trabalhar porque eu vim da defesa – fui zagueiro e lateral-direito. É um setor do campo que eu trabalho muito — explica.

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Segundo ele, o trabalho com a defesa é uma filosofia de trabalho dele. Segundo Surian, o fato de não levar gols durante os jogos dá uma tranquilidade maior ao sistema ofensivo para fazer jogadas mais agressivas. Na leitura do treinador, os atacantes podem se soltar mais sabendo que haverá uma retaguarda em caso de perda da bola.

Ele afirmou que não é possível garantir quando os jogadores vão conseguir assimilar o estilo de jogo do técnico e as orientações. No entanto, ele garante que já diante da Chapecoense, no domingo, o atletas já saberão o que fazer quando estiverem ou não com a bola, e onde terão de preencher o espaço no campo.

— Quem tiver vendo o jogo, vai ver uma equipe bem organizada. É um tempo curto, mas tenho certeza que vamos conseguir implementar tudo isso com eles.

Apesar do Joinville se encontrar na sétima colocação do Catarinense, com poucas chances de classificação para as semifinais, o treinador garante que a missão do clube é tentar pontuar o máximo possível na classificação para ainda sonhar com uma vaga na próxima fase.

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Para a disputa da Série D, o técnico diz que serão necessários de um a dois jogadores novos para cada posição, sobretudo no ataque onde ele identifica uma carência. Segundo ele, já há conversas com o executivo de futebol, Agnello Gonçalves, sobre reforços para a Série D.

— Precisamos ter um pouco de cautela para não errar. A Série D é curta e corremos o risco de não trazer atletas que encaixem bem no perfil que a gente pensa. Cada contratação tem que ser pensada não só em cima daquilo que eu penso porque nós estamos defendendo uma cidade — finalizou.