Tem prancha, como no surfe, e também é praticado no mar. Mas é, na verdade, uma nova onda do esporte: o stand up paddle, uma modalidade que começa ganhar forças nas águas do litoral gaúcho.

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No lugar da prancha de tamanho normal, entra uma com comprimento maior – de 3,5 a 4 metros – e um remo. Isso mesmo. O praticante do stand up fica o tempo todo de pé e vai remando em meio às ondas. A novidade foi testada pela primeira vez no Estado em 2007, quando o gaúcho Marcos Pettini, que mora há 15 anos na ilha de Kauai, no Havaí, trouxe a ideia, que começou a ser divulgada por um movimento – de surfistas, shapers, fotógrafos e cinegrafistas – de resgate às origens do surfe.

De lá para cá, está ganhando mais adeptos e, hoje, soma cerca de 20 praticantes. Como toda boa novidade, esta também tem atraído a atenção de quem está à beira-mar. Foi o caso do veranista Rodrigo Morgan, 17 anos, que ontem observou as manobras realizadas na Praia da Cal, em Torres.

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– É a primeira vez que vejo. É uma diversão – diz.

Um dos pioneiros no stand up, o publicitário Arthur Jung, 34 anos, que faz parte do movimento que iniciou a divulgação da modalidade – e sócio de Pettini – aponta as vantagens desta prática “de vanguarda” que, segundo ele, já é mania no litoral do Rio de Janeiro e de São Paulo.

– A gente consegue pegar mais ondas em menos tempo, porque tem o auxílio do remo – destaca.

Outro praticante, o modelo Fabiano Tissot, 28 anos, diz que o stand up surpreende até mesmo os surfistas. Acostumado a pegar onda desde os oito anos, ele fez sua primeira experiência na nova prática em 2007, nas águas do Guaíba – o esporte também pode ser praticado em lagos e rios:

– É o melhor lugar para aprender. Como as águas são calmas, a gente consegue pegar as manhas.

No litoral gaúcho, os melhores pontos para a prática são as praias de Torres e de Atlântida. A modalidade exige condicionamento, mas pode ser praticada por qualquer pessoa, garantem Tissot e Jung. O fotógrafo André Corrêa, 38 anos, foi fazer uma reportagem sobre o assunto, há cerca de dois meses, e apaixonou-se.

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– Não tem como voltar atrás, é uma energia muito boa.