Um grupo de jornalistas colombianos recebeu nesta terça-feira uma ligação de uma suposta guerrilha afirmando que as Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (Farc) têm em seu poder o repórter francês Romeo Langlois como “prisioneiro de guerra”, informou a emissora Caracol. A informação não pôde ser confirmada.

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– Uma mulher que se identificou como integrante da Frente 15 (das Farc) nos disse o seguinte: temos o jornalista francês em nosso poder, estamos prestando cuidados médicos. Acabamos de declará-lo como prisioneiro de guerra devido ao fato de ter sido encontrado usando roupas militares – afirmou o comunicado lido pela suposta rebelde, de acordo com a informação da Caracol.

A suposta guerrilha também confirmou que Langlois levou um tiro no braço, mas disse que ele está bem. O grupo de jornalistas estava nos arredores de Unión Peneya, uma região do departamento de Caquetá (cerca de 600 quilômetros ao sul de Bogotá), onde o jornalista desapareceu no sábado em meio a um combate entre uma patrulha do Exército, que ele acompanhava para fazer uma reportagem, e guerrilheiros das Farc.

O governo colombiano não confirmou que Langlois está em mãos das Farc, apesar de o presidente Juan Manuel Santos ter dito que há “claros indícios” disso. As Farc não publicaram um comunicado nos sites que costuma utilizar.

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Durante o combate, Romeo Langlois foi ferido no braço esquerdo e decidiu tirar a jaqueta e o capacete militar que usava, afastar-se da patrulha e se dirigir aos guerrilheiros identificando-se como um civil, disseram as autoridades colombianas.

– Esses terroristas estão mentindo. Quando o sequestraram, ele não usava nenhuma vestimenta militar – disse no local o general do Exército Javier Rey também à Rádio Caracol, ao reiterar que Langlois tirou o uniforme militar e que o restante de sua indumentária era civil.

O jornalista também abandonou uma bolsa e sua câmera. O general lembrou que a guerrilha não enviou nenhum comunicado sobre o desaparecido. Um porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que nos últimos anos intermediou dezenas de entregas de sequestrados das Farc, disse que apenas souberam do suposto comunicado guerrilheiro através da imprensa. Também reiterou sua disposição em colaborar para uma eventual libertação de Langlois, se ele foi realmente sequestrado.

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