A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda do Insupril, suplemento alimentar de componentes naturais. O medicamento foi usado em vídeos nas redes sociais e anunciado como “cura” para diabetes. No entanto, se trata de um golpe e trocar a medicação pelo suplemento pode trazer complicações, segundo o órgão. As informações são do g1.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

A Sociedade Brasileira de diabetes estima que 20 milhões de brasileiros vivam com a doença, causada pela falta insulina, substância produzida no pâncreas, ou pela deficiência na ação dela. Em Santa Catarina, estima-se que 454.985 pessoas convivam com a condição crônica. Não existe cura para a diabetes, apenas controle.

O Insupril é um suplemento alimentar, ou seja, nem mesmo um medicamento. Uma reportagem do g1 mostrou a tentativa de fraude da empresa responsável pelo suplemento, que é promovido como uma cura para diabetes. A empresa usava uma publicação falsa em uma página simulando uma notícia.

No anúncio, a empresa alegava que o Unsupril é registrado e aprovado como eficaz pela Anvisa. No entanto, a agência afirmou que a informação é falsa, e publicou uma resolução proibindo a comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e determinando o recolhimento do produto na sexta-feira (20).

Continua depois da publicidade

Mesmo não sendo um medicamento e sim um suplemento, ele precisa ser registrado pela Anvisa, o que não foi feito. Além disso, não se pode prometer cura de nenhuma condição, justamente por não ser um medicamento.

Até segunda-feira (23), apesar da proibição, a página do Insupril continuava ativa, permitindo a compra do produto, que também seguia sendo vendido em outras plataformas de “marketplace”.

O que é e quais os tipos de diabetes

Diabetes é uma doença causada pela ação ou produção insuficientes de insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. A insulina tem a função de promover a entrada da molécula de glicose nas células, onde será metabolizada e transformada em energia para manutenção do nosso organismo.

  • Diabetes tipo 1: pode ser diagnosticada em qualquer idade, mas é mais comum em crianças e adolescentes. Costuma ter sintomas visíveis como urina abundante, sede excessiva e perda importante de peso. É causada, geralmente, pela destruição autoimune das células β do pâncreas que são produtoras de insulina e que leva a uma deficiência grave desse hormônio. O uso de insulina é mandatório.
  • Diabetes tipo 2: é o tipo mais comum, e costuma ser associado a obesidade e ao envelhecimento. É causado pela presença de resistência a insulina associada a uma deficiência parcial de insulina secretada pelas células β pancreáticas. Outros sintomas relacionados a resistência insulínica como acúmulo de gordura abdominal, hipertensão arterial e hipertrigliceridemia também costumam ser observados. 
  • Diabetes mellitus gestacional: é diagnosticado na gestação. Costuma ser assintomático e identificável por testes laboratoriais de rastreamento, feitos na primeira consulta pré-natal e entre a 24ª e 28ª semana de gestação. 
  • Outros tipos: podem estar associados a defeitos genéticos na secreção de insulina ou na ação da insulina, ao uso de medicações, como glicocorticoides, hormônios da tiroide ou diuréticos tiazídicos, a endocrinopatias ou a outras síndromes genéticas, como Síndrome de Down, Síndrome de Turner, Síndrome de Prader-Willi e outras. 

Continua depois da publicidade

Tratamento da doença

Para o tratamento do diabetes, o paciente precisa manter uma vida saudável e o controle da glicemia sempre em dia, para evitar possíveis complicações da doença.

Alguns medicamentos para diabéticos são distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A assistência farmacêutica do SUS tem três níveis: básico, estratégico e especializado. Em geral, os pacientes com diabetes são atendidos por medicamentos dos componentes básico e especializado.

Leia também

Dia Mundial da Diabetes: SC teve mais de 2,4 mil mortes pela doença em 2023

Os principais sintomas e os cuidados para se ter com um idoso diabético