Há 15 anos, na praia de Maresias (SP), surgia aquele que seria o campeonato mais querido entre os surfistas brasileiros. O SuperSurf, que começou em 2000, permaneceu por nove anos definindo o campeão brasileiro de surfe em um circuito pelas principais praias do Brasil, revelando e inspirando talentos do surfe nacional. Em 2010 e 2011 mudou de nome mas seguiu sendo a principal competição nacional, até que por falta de patrocinadores, deixou o país órfão pelos três anos seguintes.

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Nesta quarta-feira, o SuperSurf volta com 160 surfistas de 13 estados diferentes disputando a primeira etapa na praia de Maresias (SP). A competição seguirá até domingo, dia 19, e envolverá sonhos de atletas mais novos misturados com a experiência de surfistas consagrados. Porém, a previsão indica que as ondas devem aparecer apenas quinta-feira.

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– Ver o SuperSurf voltar é um sentimento de conquista, de vitória. Foram três anos complicados sem patrocínios fortes e sem um circuito nacional. Mas a vitória do Medina e o sucesso do Mundial no Rio neste ano, foram os pontos que faltavam para as empresas e marcas associarem e agregarem valor junto ao surfe – avalia Pedro Falcão, diretor executivo da Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp).

Entre os surfistas que viveram esse momento do surfe nacional está o catarinense Marco Polo Soares, que venceu três etapas do SuperSurf, uma em cada ano entre 2007 e 2009. O surfista radicado em Florianópolis lembra que o campeonato nacional era o principal meio de ganhar destaque e poder sonhar com as etapas do circuito mundial.

– O SuperSurf foi muito importante. Era o caminho para correr o Mundial. A gente se preparava para a disputa, que tinha o mesmo formato de bateria do Circuito Mundial, e como tinha boa repercussão de mídia, rendia bons resultados financeiros e de patrocinadores. Com isso era o principal degrau antes de ir para o Mundial – Soares.

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Marco Polo Soares não disputará o SuperSurf em 2015, mas as viagens Brasil à fora dele também deixaram boas lembranças e histórias. Acompanhado do amigo e surfista catarinense Diego Rosa, a dupla viveu alguns perrengues.

– Eu viaja muito com o Diego Rosa. Íamos tudo de carro, porque as empresas aéreas cobravam muito pelo excesso de bagagem das pranchas e cada etapa da viagem era uma aventura. Pneu furado, acabava a gasolina, chegava no lugar e o hotel estava fechado – conta o surfista.

Catarinense realiza sonho de disputar competição

Com o retorno do campeonato na temporada de 2015, surfistas de todo o Brasil se agilizaram para garantir suas vagas na primeira etapa. Cauê Wood, 23 anos e natural de Florianópolis, poderá realizar em 2015 o que faltou em 2012, quando estava classificado para o SuperSurf mas lamentou o cancelamento do campeonato.

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– O SuperSurf é simplesmente o mais importante campeonato brasileiro. Dá mídia e bom retorno financeiro. Também é interessante pelo alto nível que traz os melhores surfistas do Brasil. Em 2012 consegui a vaga, mas não teve o campeonato. Lamentei é claro, mas agora vou poder ir – avalia Wood.

Mas o valor do SuperSurf como um campeonato de boa repercussão nacional não interessa apenas a quem começa a carreira. Falcão salienta que grandes surfistas como Victor Ribas, do Rio de Janeiro, que até ano passado era o brasileiro com melhor classificação no Mundial de Surfe (perdeu o posto com o título de Medina), também estão na disputa.

– Além de novos talentos, que precisam de um campeonato assim para crescer, há surfistas de alto nível que deixaram o circuito mundial e também competem para manter ativo seus patrocínios, renda e atividade como atletas – explica Falcão.

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Depois de Maresias, outras três etapas irão fechar o campeonato:

2ª etapa – 12 a 16 de agosto – Praia Grande, em Ubatuba, São Paulo

3ª etapa – 09 a 13 de setembro – Joaquina, em Florianópolis, Santa Catarina

4ª etapa – 7 a 11 de outubro – Praia de Itaúna, em Saquarema, Rio de Janeiro

BATERIAS DO SUPERSURF DE SÃO SEBASTIÃO:

PRIMEIRA FASE – 3.o=129.o lugar (260 pontos) / 4.o=145.o lugar (160 pontos):

1.a: Bruno Rodrigues (PE), Charlie Brown (CE), Flavio Costa (BA), Fabio Pereira (SP)

2.a: Carlos Eduardo (SP), Guilherme Lopes (RJ), Paulo Andrade (PE), Ulisses Meira (PB)

3.a: Amani Valentim (PR), Jonas Tatuíra (SC), José Francisco (PB), Emerson Santos (SP)

4.a: Alan Jhones (RN), Junior Lagosta (PE), Gabriel Galdino (SC), Eduardo Amorim (SC)

5.a: Leandro Bastos (RJ), Wesley Leite (SP), Marinho Lima (RN), Kallebe Kymerson (ES)

6.a: Rodolfo Queiroz (RJ), Robson Gobbato (RS), Felipe Ximenes (SC), Nathan Brandi (SP)

7.a: Hugo Netto (RJ), Paulo Maia (SP), Patrick Tamberg (FN), Magno Pacheco (SP)

8.a: José Eduardo Fernandes (RJ), Krystian Kymerson (ES), Mariano Arreyes (RJ), Samuel Pupo (SP)

9.a: Johnny Lacerda (SP), Eric de Souza (RJ), Gustavo Ribeiro (SP), Cleiton Felix (SP)

10: Icaro Lopes (CE), Netto Moura (SP), Thiago Barcellos (RJ), Danilo Costa (RN)

11: Jeronimo Vargas (RJ), Costinha (SP), Bernardo Pigmeu (PE), Josias Pedrinha (RS)

12: Michel Roque (CE), Rodrigo Farias (SC), Matheus Farias (RJ), Maicol Santos (SP)

13: Marcus Cintra (CE), Phillipe Chagas (SP), Peterson Crisanto (PR), Jofrey Seibel (SC)

14: Felipe Alberto (SC), Edgard Groggia (SP), Pablo Paulino (CE), Eloin Travisani (SC)

15: Victor Ribas (RJ), Lucas Pazolini (ES), Halley Batista (PE), Adriano Camargo (SP)

16: Hugo Bitencourt (RJ), Adilton Mariano (CE), Giuliano Arreyes (RJ), Davio Figueiredo (RJ)

SEGUNDA FASE – Pré-classificados – 3.o=97.o lugar (408 pontos) / 113.o lugar (312 pontos):

1.a: André Luiz (SC) e Heitor Alves (CE)

2.a: Gabriel Ferreira (SP) e Gustavo Fernandes (RJ)

3.a: Wallace Junior (BA) e Felipe Oliveira (SP)

4.a: Marcio Freitas (CE) e Marcelo Trekinho (RJ)

5.a: Kadu Medeiros (SP) e Bruno Moraes (SC)

6.a: Kaique Oliveira (SC) e Yage Araujo (BA)

7.a: Gilmar Silva (SP) e Pedro Norberto (SC)

8.a: Pedro Neves (RJ) e Arno Anheli (SP)

9.a: André Gonçalves (SC) e Icaro Rodrigues (SP)

10: Arthur Souza (CE) e Maxsswell Ribeiro (SP)

11: Douglas Silva (PE) e Gabriel Adisaka (SP)

12: Duda Carneiro (CE) e Itim Silva (CE)

13: Geovane Ferreira (SP) e Raoni Monteiro (RJ)

14: Anselmo Correia (RJ) e Leonardo Neves (RJ)

15: Alan Marcos (SC) e Jonatan Busetti (SC)

16: Gustavo Sanches (SP) e Jean da Silva (SC)

TERCEIRA FASE – Pré-classificados – 3.o=65.o lugar (960 pontos) / 4.o=81.o lugar (512 pontos):

1.a: Deivid Silva (SP) e Juliano Uzuelli (SP)

2.a: Julio Terres (SC) e Tânio Barreto (AL)

3.a: Cauê Wood (SC) e Rafael Teixeira (ES)

4.a: Victor Valentim (PR) e Felipe Alves (CE)

5.a: David Silva Filhão (SP) e Leandro Cruz (SP)

6.a: Alessandro Puga (PR) e Artur Silva (CE)

7.a: Dodô Veiga (SP) e André Moi (SC)

8.a: Hizunomê Bettero (SP) e Cezar Aguiar (PE)

9.a: Paulo Moura (PE) e Frank Cordeiro (PE)

10: Lucas Santos (SP) e Eduardo Barrionuevo (SP)

11: Tomas Hermes (SC) e Marco Aurélio (SP)

12: Saulo Junior (SP) e Leo Andrade (BA)

13: Lucas Silveira (RJ) e Alon Campestrini (SC)

14: Ian Gouveia (PE) e Igor Morais (RJ)

15: Simão Romão (RJ) e Edher Reis (SP)

16: Thiago Camarão (SP) e Yan Daberkow (SC)

QUARTA FASE – Cabeças de Chave – 3.o=33.o lugar (1.920 pontos) / 4.o=49.o lugar (1.440 pontos):

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1.a: Jihad Khodr (PR) e Tamaê Bettero (SP)

2.a: Alandreson Martins (BA) e Caetano Vargas (PR)

3.a: Thiago Guimarães (SP) e Dunga Neto (CE)

4.a: Renato Galvão (SP) e Alex Lima (SC)

5.a: Messias Felix (CE) e Ricardo Ferreira (SP)

6.a: Samuel Igo (PB) e Sidney Guimarães (SP)

7.a: Luan Carvalho (SP) e Luciano Brulher (SP)

8.a: David do Carmo (SP) e Cainã Barletta (SC)

9.a: Robson Santos (SP) e Diego Rosa (SC)

10: Matheus Navarro (SC) e Artur Aguiar (SP)

11: Bruno Galini (BA) e Willian Cardoso (SC)

12: Flavio Nakagima (SP) e Gustavo Bertotto (RS)

13: Marco Fernandez (BA) e Douglas Noronha (SP)

14: Bino Lopes (BA) e Ygor Arakaki (SC)

15: Odarci Teco Nonato (SP) e Odirlei Coutinho (SP)

16: Alex Ribeiro (SP) e Rodrigo Wazlawick (SC)