Nos últimos meses a presença de saguis na Capital Catarinense vem preocupando os ambientalistas, biólogos e profissionais estudantes da natureza.
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Em entrevista à NSC TV, Vanessa Moraes Nunes, coordenadora de fauna do IMA, conta que acredita-se que os primeiros animais apareceram no Estado em 1960:
— Eles vieram através de transporte irregular, por tráfico de animais. As pessoas adquiriam eles porque achavam bonitinhos.
Foi a partir deste momento que alguns moradores da Capital Catarinense começaram a criar os animais em casa, como bichos de estimação. Entretanto, quando não queriam mais, soltavam pelas matas da cidade, ao invés de acionar o órgão responsável para que houvesse a devolução do animal ao seu local de origem.
Nos últimos meses foram registrados saguis em diversas regiões e bairros da Capital como: Morro da Cruz, Santa Mônica, Itacorubi, Naufragados, Pântano do Sul e Costa da Lagoa.
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Cristina Santos, bióloga que estudou sobre os saguis por 15 anos, conta que há duas espécies na Ilha, que são o sagui de tufos brancos (Callithrix jacchus) e o sagui de tufos pretos (Callithrix penicillata):
— Pelo fato deles estarem aumentando em número e ocupando mais espaços, eles estão tomando o lugar da fauna nativa. Por isso o sagui é considerado uma espécie exótica invasora — conclui Cristina.
Orientação
Enquanto o Estado não define ações, a orientação é que o morador da Ilha contemple a natureza e os animais, mas sem alimentá-los, por exemplo, para que não haja proliferação da espécie que já está incontrolável.