“Supermax”, a série que quer inserir a Globo no mundo geek

E se O Caso dos Dez Negrinhos, de Agatha Christie, virasse um reality show e tivesse elementos de The Walking Dead, American Horror Story e Supernatural? Essa parece ser a mistura que gerou Supermax, série de suspense, terror e ficção científica que a Globo está produzindo para o ano que vem e que teve seu primeiro teaser divulgado exclusivamente em um painel na Comic Con Experience, em São Paulo, na noite deste sábado.

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A trama se passa em uma penitenciária isolada na Amazônia, onde um grupo de 12 pessoas se reúne para um reality show (com participação de Pedro Bial e tudo mais). Em comum, todos têm uma mancha no passado: em algum momento da vida, cometeram um crime. Logo, eles percebem que, desse jogo, apenas um sairá vencedor – ou vivo.

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– O pulo do gato dessa série é reunir tanta gente de gêneros diferentes para produzir um negócio que eu, sinceramente, não vi ainda na televisão brasileira – disse o escritor Marçal Aquino, um dos roteiristas de Supermax que participaram do evento na São Paulo Expo.

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Além de Aquino, vencedor do Prêmio Jabuti em 2000 e roteirista de Força Tarefa e O Cheiro do Ralo, a nova produção global foi roteirizada por outros tantos nomes em um processo chamado “writer’s room”. Entre eles, Carolina Kotscho (roteirista de 2 Filhos de Francisco), Fernando Bonassi (autor de Luxúria), Braulio Mantovani (de Cidade de Deus) e Denisson Ramalho (especializado em filmes de terror). No comando, está o diretor José Alvarenga (de Divã e Chapa quente, entre muitos outros).

– A gente sabia que estava desenvolvendo dentro da Globo uma coisa nova e que precisávamos de reforço criativo – comentou Alvarenga.

Os autores prometem uma trama psicológica mas também sangrenta, bem ao estilo The Walking Dead, com muitos efeitos especiais.

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– O grande barato é que essas pessoas estão no limite. Tudo vêm à tona: os defeitos, as qualidades, as emoções, em uma intensidade brutal. Acho que é uma série brutal _ afirmou Carolina.

– Supermax é o seriado mais “from hell” (“do inferno”, na tradução do inglês) da televisão brasileira em todos os tempos – acrescentou Ramalho.

Entre os atores, alguns nomes famosos, como Mariana Ximenez e Cléo Pires, se misturam com outros menos conhecidos, em um elenco que foi selecionado “durante seis meses, em todo o Brasil, em um processo rígido”, segundo Alvarenga. Serão 12 episódios, com possibilidade de outras temporadas.

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Aliás, a própria presença em um evento como a Comic Con, que reúne os fãs mais dedicados do mundo pop, indica que a Globo quer tirar uma lasca deste mercado e, quem sabe, conquistar uma fandom como a de The Walking Dead.

*A editora viajou a convite da Netflix