A 20ª edição da Superliga vai marcar a volta do ponteiro Giba ao vôlei brasileiro, depois de uma passagem pela Argentina. O lançamento da competição, nesta quinta-feira, em São Paulo, também confirmou que o atual campeão masculino, o RJX (RJ), continuará a utilizar este nome apesar da crise financeira pela qual passa o empresário Eike Batista, patrocinador da equipe.

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Polêmica por conta da nova regra de apenas 21 pontos por sets, a Superliga terá 12 times no masculino e 14 no feminino. Entre as mulheres, o desafio é encerrar a hegemonia do Unilever (RJ) e do time de Osasco, que mudou seu nome e agora se chama Molico/Nestlé (SP) – na temporada passada, utilizou Sollys/Osasco.

A principal ausência entre as mulheres será Fernanda Garay, que se transferiu para o vôlei turco. De lá, porém, vieram Mari (para o Banana Boat/Praia Clube, de Uberlândia, em Minas Gerais) e Paula Pequeno, que montou o novato Brasília Vôlei (DF). Esta equipe também repatriou a atacante êrika.

No masculino, o RJX perdeu Dante, que se transferiu para o Japão e se tornou o principal jogador brasileiro a deixar o País desde a última temporada (Lipe foi para a Turquia). Por outro lado, o time carioca, que agora vai mandar seus jogos no Tijuca Tênis Clube, repatriou o oposto Leandro Visotto. Já os ponteiros João Paulo Bravo e João Paulo Tavares voltam para o País para jogar pelo Brasil Kirin (SP).

“Quis voltar por uma série de motivos. A minha mulher engravidou e isso fez com que nós dois pensássemos em voltar. Depois, conversando com meus companheiros, eles me passaram que o nível da Superliga estava muito forte, com uma boa organização e isso animou mais ainda. E o fato de poder estar em casa, no Rio de Janeiro, claro, contribuiu mais ainda”, explicou Leandro Visotto.

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Já Giba, que estava na Argentina, vai defender a equipe do Funvic/Taubaté (SP), que no ano passado estava na vizinha Pindamonhangaba. Outro time que chega com campeão olímpico é o Moda Maringá (PR), do levantador Ricardinho, e que também se reforçou com Lorena. No feminino, além do Brasília, as novidades são o Maranhão Vôlei/CTGM (MA) e o Uniara/AFAV, de Araraquara (SP).

SETS MAIS CURTOS – A Confederação Brasileira de Vôlei não coloca como definitiva a adoção do set de 21 pontos, que está sendo testado em torneios estaduais e vai ser usado também na Superliga – o torneio masculino começa neste sábado, enquanto que o começo da disputa feminina será em 27 de setembro.

Segundo Renato D’Avila, superintendente da CBV, o set mais curto é uma demanda mundial das emissoras de TV junto à Federação Internacional de Voleibol (FIVB). “Estamos colaborando com a FIVB nessa questão. O teste de novas regras tem sido feito no mundo todo e acabamos optando por este (do encurtamento dos sets)”, afirmou.

A FIVB também colocará sob avaliação, em outros campeonatos, a cronometragem do tempo do saque – de no máximo 15 segundos -, o fim do protocolo de substituição (que passaria a ser automática, como no caso do líbero) e a supressão de um dos tempos técnicos obrigatórios no set.

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Para os atletas, resta se adaptar. O central Gustavo, do Canoas (RS), um dos líderes da recém-criada Comissão de Atletas, disse que a redução do tempo de jogo é um “pecado”. “Sempre vai ter a tática, os jogadores, e o vôlei vai ser espetacular ainda. Mas o tempo de jogo vai ser menor, o que é um pecado, mas é um pecado necessário”.