Justo no momento em que o Barcelona poderia empatar no número de títulos oficiais, o Real Madrid desbancou os rivais na final da Supercopa da Espanha, e abriram 75 a 73 após a vitória de 2 a 1 desta quarta-feira, no Santiago Bernabéu. Falhas de três jogadores do setor defensivo dos catalães acabaram sendo decisivas para a conquista merengue.

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Mascherano e Piqué falharam, um em cada gol, e Adriano foi expulso ainda no primeiro tempo. E a falha de Valdés na primeira partida, em que praticamente deu o gol a Di María, acabou sendo decisiva.

Real Madrid abre vantagem na primeira etapa

O primeiro tempo foi cheio de surpresas. O primeiro começou na escalação. De última hora, o lateral Daniel Alves foi vetado, sentiu dores na perna esquerda, e Jordi Alba entrou em seu lugar, com Adriano sendo deslocado para o lado direito. E parece que o Barça sentiu a falta do brasileiro. O Real Madrid fez um verdadeiro massacre durante 40 minutos.

Logo no primeiro minuto já chegou na área adversária, mas Higuaín isolou. Serviu só para mostrar disposição. Mas a pressão seria grande, José Mourinho armou uma blitz daquelas que costumam dar certo por pelo menos alguns minutos, mas nem sempre garantem a vitória.

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Mas ele conseguiu o que queria: forçar erros do Barcelona. Marcelo já tinha obrigado Valdés a trabalhar, mas depois, Mascherano falhou. O argentino furou uma bola incrível, e sobrou para o seu compatriota Higuaín. O atacante teve calma suficiente para abrir o placar. 1 a 0.

Depois foi a vez de Piqué errar. Até agora o zagueiro não entendeu o que aconteceu. A bola veio alta para Cristiano Ronaldo, que deu um toque de calcanhar que misturou habilidade e uma boa dose de sorte. Ele acabou ficando na cara do goleiro catalão, que ainda tocou na bola antes de entrar: 2 a 0.

O Real estava absoluto na partida, controlava o jogo, não deixava o Barcelona sair de seu campo de defesa e praticar seu jogo. As principais estrelas estavam escondidas. Até que veio mais um lance decisivo: a expulsão de Adriano. Cristiano Ronaldo recebeu lançamento em contra-ataque, o brasileiro era o último homem e segurou o português.

Os merengues tiveram novas chances, mas aos poucos os catalães controlaram os ânimos. Mas começaram a jogar mesmo aos 40 minutos, quando Iniesta começou a levar o time ao ataque. E o gol veio rápido. Falta na intermediária, e Messi cobrou com perfeição. Muita emoção no primeiro tempo, que prometia ainda mais na etapa final.

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Merengues administram a vantagem até o final

Os primeiros minutos foram um pouco mais frios do que o esperado. Nos primeiros 15, nada de importante aconteceu. O Barcelona começou a esquentar logo depois disso, quase que Pedro fez um golaço.

Recebeu um lançamento de Mascherano de pelo menos 40 metros, dominou com a esquerda, e chutou com a direita, sem nem deixar cair no chão. Lance de pura habilidade. Mas Casillas saiu nos pés do atacante.

O Barça não manteve o ímpeto. Era complicado manter o ritmo com um a menos. O Real começou a levar o jogo com calma, tocar a bola, e sair na boa. Até teve boa chance em jogada individual, sendo mais rápido que quatro marcadores, mas não passou por Valdés. O desespero começou a bater nos visitantes, tanto que Iniesta arriscou do meio de campo.

Para tentar sacudir o time e levá-lo adiante com a promoção da estreia de Song. Logo depois, mesmo sem a participação do camaronês, um dos lances de mais perigo do Barcelona. Alba recebeu lançamento longo, tentou driblar Casillas, mas Sergio Ramos foi mais rápido do que todos e salvou.

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A resposta do Real poderia ter terminado o jogo ali mesmo. Recebeu em posição legal e ficou na frente de Valdés, que deu um leve toque na bola, que bateu na trave e foi para fora.

O Real teve algumas boas chances na reta final, mas foi o Barça que levou pressão. Messi deu bom lançamento para Tello, que chutou em cima de Casillas. Logo depois, o argentino arriscou de fora, mas foi a direita do gol merengue.

Agora, o Real tem 88 vitórias no confronto direto, contra 87 do Barça, e dois títulos oficiais a mais no geral.