Dois pacientes foram diagnosticados com uma superbactéria no Hospital Regional do Oeste, em Chapecó. Ambos passam bem e estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde o fluxo de pessoas está sendo controlado, mas não há interdição.

Continua depois da publicidade

A bactéria, chamada Acinetobacter Baumannii e detectada por exames laboratoriais, apresenta grande resistência aos tratamentos, afeta o sistema respiratório, e pode ser controlada com a ajuda de antibióticos. Os pacientes recebem acompanhamento já que a bactéria é de fácil contágio e pode ser transmitida até pelo aperto de mão.

O microorganismo é considerado multirresistente e pode afetar, principalmente, os pacientes que estão com a imunidade baixa. Conforme a assessoria de imprensa da entidade, outros hospitais, inclusive o regional de Chapecó, já tiveram surtos com este tipo de bactéria.

A Vigilância Epidemiológica estadual foi notificada e todas as medidas para o combate estão sendo tomadas. Entre os cuidados adotados, estão a constante desinfecção geral da UTI e do Centro Cirúrgico, a redução de tempo nas visitas a pacientes em tratamento intensivo, prioridade para casos de urgência ou emergência no bloco cirúrgico e monitoramento epidemiológico através de exames laboratoriais sobre a evolução e resultado do combate ao microorganismo.

Continua depois da publicidade

Contágio ocorre principalmente pelas mãos

As bactérias do gênero Acinetobacter Baumannii são microrganismos que existem no homem saudável e no ambiente, mas quando submetidos à pressão seletiva, podem adquirir facilmente resistência a múltiplos antibióticos. A colonização humana ocorre com maior freqüência na pele e no intestino. São fatores de risco conhecidos para colonização ou infecção, doentes hospitalizados a terapêutica antibiótica prévia, procedimentos invasivos e permanência em unidades de cuidados intensivos. A via de transmissão ocorre principalmente pelas mãos.