A temporada 2003 do Super Surf – a divisão de elite do circuito brasileiro de surfe profissional – começou nesta quarta, dia 19, em boas ondas de um metro de altura na Praia de Maresias, em São Sebastião (SP). No primeiro dia foram realizadas as triagens, com os novatos e os surfistas que terminaram abaixo dos top-30 masculino ou do top-8 feminino na classificação geral de 2002.
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Os mais bem colocados entram como cabeças-de-chave nas fases mais avançadas, mas algumas estrelas do surfe nacional já estrearam nesta quarta. A competição reinicia às 8h desta quinta.
O paulista Adriano de Souza, do Guarujá, tem 16 anos e no ano passado se tornou o mais jovem atleta a ingressar na carreira profissional na história do surfe brasileiro. Em sua primeira apresentação, ele passou para a terceira fase, atrás do também estreante Adilton Mariano (CE).
Ambos despacharam Rafael Guimarães (RJ) e Diego Rosa (SC) na última rodada de baterias formadas por quatro atletas. A partir de agora a disputa é homem-a-homem e o adversário de Adriano será o baiano Flávio Costa, na 14ª bateria.
– Foi o maior sufoco, pois só consegui garantir a classificação na minha última onda no finalzinho da bateria. Estou participando deste campeonato pela primeira vez e parece até um sonho estar vestindo esta camiseta de competição do Super Surf. Só isso já me deixa muito feliz e me incentiva para entrar no mar – contou Adriano de Souza, que abandonou o apelido Mineirinho.
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Entre os mais experientes, as surpresas foram as eliminações de Guilherme Herdy (RJ), Binho Nunes (SP) e Renan Rocha (SP), que estavam competindo como convidados. Mesmo com a derrota, Renan elogiou os organizadores e a ótima estrutura montada na Praia de Maresias.
– Pela primeira vez eu cheguei em um campeonato aqui no Brasil e senti o surfista sendo reconhecido, com uma área para eles alucinante e as ondas nem precisa falar porque as condições estão excelentes aqui em Maresias – Renan Rocha, que acabou eliminado pelos jovens Bernardo Pigmeu (PE) e Renato Galvão (SP).
Já o catarinense Guga Arruda passou as duas baterias das triagens e avançou à terceira fase, reestreando com o pé direito no circuito.
– Está sendo bem gostoso este novo momento na minha carreira. Depois de seis anos entre os top-16 do ranking brasileiro, me machuquei no ano passado (fraturou o pé e teve que sofrer uma cirurgia) e acabei saindo da elite, mas recebi um convite para participar de todo o Super Surf neste ano – afirmou Guga Arruda.
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