Chegou a hora de decidir o próximo campeão da NFL, a liga profissional de futebol americano dos Estados Unidos. O Super Bowl, maior evento esportivo anual do mundo em termos comerciais, será disputado entre Denver Broncos e Carolina Panthers neste domingo, a partir das 21h30min (de Brasília). O jogo será no Levi’s Stadium, casa do San Francisco 49ers na cidade de Santa Clara, e terá transmissão de ESPN e Esporte Interativo para o Brasil.

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O crescimento da popularidade da NFL no Brasil é significativo. Hoje, os brasileiros formam o segundo maior mercado fã de futebol americano fora dos Estados Unidos – atrás apenas do México.

– A NFL está apenas no início de seu trabalho de expansão global e a sua transmissão no Brasil através de dois canais é prova disso. No último Super Bowl, a ESPN colocou sua hashtag oficial (#ESPNtemfinaisnfl) no trending topics mundial. Em três anos, a audiência do Super Bowl aumentou 800% no Brasil. A tendência é uma demanda cada vez mais crescente – aponta Eduardo Esteves, especialista em marketing esportivo.

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Um dos destaques da final da NFL no Brasil nos últimos anos é a transmissão em salas de cinema. Serão 80 salas em todo o Brasil, três delas em Porto Alegre – Shopping Total, BarraShopping Sul e Bourbon Country. A ESPN, inclusive, tem uma equipe específica para este formato de transmissão.

– Estamos nos encaminhando para o terceiro Super Bowl (nos cinemas). O primeiro já foi muito bom, e para o segundo, triplicamos o público. Neste, não esperamos um crescimento tão grande até pela data, por ser domingo de Carnaval, mas projetamos um aumento de 30% em relação ao ano passado. Estamos bem satisfeitos com a parte logística. Mesmo sendo um esporte novo no Brasil, já tem uma aderência muito grande. Um dos grandes diferenciais para o cliente ir ao cinema está na imersão – analisa Laudson Diniz, gerente executivo da Cinelive, empresa responsável pela transmissão nos cinemas.

Para João Palomino, vice-presidente de jornalismo e produção da ESPN no Brasil, o principal desafio da cobertura é unir os diferentes tipos de públicos que acompanham a NFL – os mais experientes, que veem futebol americano há anos, e o os espectadores que estão no processo de entender as regras básicas do jogo.

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– É um desafio que temos a cada jogo. Tratamos de tal modo que você não faça uma transmissão densa apenas para o profundo conhecedor, mas que tenha didatismo para quem está tendo contato pela primeira vez ou que passou a entender um pouco melhor. Não falamos apenas para quem é fanático. Você só gosta daquilo que você entende – afirma.

O valor do evento

O torcedor que quiser ir ao Levi’s Stadium terá que estar disposto a abrir a carteira e desembolsar altos valores. Os ingressos para o Super Bowl 50 são os mais caros da história da final da NFL – e, no mercado paralelo, chegam a US$ 17,5 mil (R$ 72 mil).

O preço médio dos bilhetes também aumentou significativamente e está em US$ 5,3 mil (R$ 21,8 mil). Para que se tenha um parâmetro, a média para o Super Bowl XLIX, em que o New England Patriots venceu o Seattle Seahawks no ano passado, era de US$ 3,9 mil (R$ 16 mil na conversão atual). Os tíquetes mais baratos para o jogo do dia 7 são encontrados a US$ 3,8 mil (R$ 15,6 mil).

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Um hotel da região de Santa Clara oferece um pacote de US$ 1 milhão (R$ 4,11 milhões), mas dá ao cliente um atendimento espetacular – são 22 ingressos para uma área vip do estádio com bebida liberada, transporte de luxo e quatro noites em uma espécie de apartamento de 557m² com três quartos.

Show do intervalo

O Super Bowl 50 será um marco também para o já tradicional Show do Intervalo. O evento, que já teve apresentações de Michael Jackson, Madonna, Rolling Stones e Paul McCartney, terá quatro apresentações nos poucos minutos em que os times vão para os vestiários: Coldplay, Beyoncé, Bruno Mars e, talvez, Rihanna.

*ZHESPORTES