A homenagem ao presidente Michel Temer na forma de uma tatuagem na pele do deputado Wladimir Costa (SD-PA), conforme se desconfiava, saiu com água e sabão.

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— Sumiu. Não existe mais — disse o parlamentar, nesta quarta-feira (9), quando procurado pela reportagem para responder sobre a representação do qual é alvo no Conselho de Ética da Câmara, por assédio a uma jornalista que pediu para ele mostrar a tatuagem.

Até então, Costa jurava que era definitiva a homenagem ao presidente, feita no final de julho, pouco antes da votação da admissibilidade da denúncia contra o presidente na Câmara e que lhe ameaçava a permanência no cargo. Na ocasião, o deputado disse que havia pago R$ 1,2 mil pela tatuagem — definitiva, segundo ele. Chegou a dizer que tinha doído fazer o desenho: uma bandeira do Brasil e o nome “Temer” embaixo.

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Segundo o deputado, ele estava bêbado quando fez a “tatuagem”.

— Ele (tatuador) estava simulando que estava furando e não estava, porra. Ele estava simulando. E eu estava tomando cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará, e não estava sentindo nada. Eu estava achando que estava (tatuando) e não estava — justificou.

Confira a entrevista:

A tatuagem sumiu? Como assim? Não era definitiva?

Sumiu. Não existe mais. Vou pedir ressarcimento ao tatuador. Estou entrando agora com uma ação contra o tatuador, porque ele vai ter de devolver meu dinheiro.

Então era mesmo de henna?

Pois é. Ele fez de henna e eu estava bêbado e não sabia.

Que história, hein?

Do c… (risos)

Mas o senhor chegou a dizer que doeu. Tatuagem de henna não dói.

Ele (tatuador) estava simulando que estava furando e não estava, p… Ele estava simulando. E eu estava tomando cachaça com jambu, que é a nova moda no Pará, e não estava sentindo nada. Eu estava achando que estava (tatuando) e não estava.

E a fidelidade a Temer, saiu com água e sabão também?

Não, não. Ali eu morro agarrado.