Uma operação deflagrada nesta terça-feira (6) pela Polícia Civil resultou na prisão de três pessoas em Santa Catarina. Todas estariam, supostamente, envolvidas em um esquema milionário de furtos de cargas pelo Brasil. Os criminosos se passavam por motoristas de transporte de produtos e, com documentos falsos, vendiam as mercadorias sem que elas chegassem ao verdadeiro destino. Outras duas pessoas ainda estão foragidos, de acordo com o delegado Osnei Valdir de Oliveira.
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A investigação teve início em março de 2023, quando houve o furto de uma carga de leite em pó, em Itajaí. O grupo de criminosos foi identificado e chamou a atenção da polícia por usar a mesma estratégia em outras situações. De modo geral, eles falsificavam CNH e clonavam caminhões para convencer as empresas de que eram motoristas de transporte de mercadorias. Com os dados falsos, buscavam fretes em plataformas e, assim, faziam a coleta das cargas.
Veja como funcionava o esquema

A investigação ainda revelou que, no total, 24 cargas foram “sequestradas” pelo grupo no Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia e Santa Catarina. Oito delas foram furtadas só no território catarinense, causando um prejuízo de R$ 1,5 milhão, de acordo com a Polícia Civil. As mercadorias escolhidas pelos criminosos variavam entre alimentos — como leite e arroz — e estruturas em geral, como empilhadeiras, chapas de acrílico e tubos de metal.
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O objetivo era vender os produtos para receptores, além de receber o valor do frete pelo transporte “falso”, explica o delegado Osnei.

Os três mandados de prisão preventiva foram cumpridos nas cidades de Criciúma e Sombrio, onde estava a base do grupo. Denominada de “Conexão Sul”, a operação também resultou em mandados no Paraná, com a apreensão de duas armas de fogo, munições, rádios comunicadores, dispositivos eletrônicos e documentos. O material será analisado para que se identifiquem outros integrantes do grupo, já que ao menos 10 pessoas estariam envolvidas no esquema.
*Sob supervisão de Talita Catie
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