Santa Catarina foi responsável por 39% das exportações de carne suína do Brasil em agosto. Foram 25,6 mil toneladas no mês, 44% a mais do que o mesmo período de 2015. Em faturamento foi de US$ 53,9 milhões.
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No ano o volume exportado por Santa Catarina foi de 179 mil toneladas, com crescimento de 47% e faturamento de US$ 337,4 milhões.
Santa Catarina já tinha a liderança nas vendas externas, com cerca de 1/3 das exportações brasileiras. Chegou a perder a liderança para o Rio Grande do Sul entre 2006 e 2010, enquanto durou um embargo russo em virtude de focos de aftosa no Paraná e Mato Grosso do Sul.
Mas recuperou e ampliou a liderança nos últimos anos, em virtude de certificados internacionais que comprovam a sanidade do rebanho catarinense.O secretário adjunto de Agricultura do Estado, Airton Spies, destacou que esses certificados dão acesso exclusivo a mercados mais exigentes, como Estados Unidos e Japão.
O próximo passo é conquistar a Coreia do Sul
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Setor ainda em crise
Apesar dos bons números de exportação o setor ainda vive em crise em virtude do alto custo de produção e baixo consumo no mercado interno.
De acordo com o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivânio de Lorenzi, houve uma pequena queda nos custos mas o preço continua uma miséria.
O produtor integrado recebe R$ 3,00 por quilo e, o independente, entre R$ 3,60 e R$ 3,70. Enquanto isso o custo calculado pela Embrapa é de R$ 4,31 por quilo. Losivânio entende que as agroindústrias deveriam reduzir a produção para melhorar os preços. No dia 4 de outubro os suinocultores têm uma audiência em Brasília para novamente tentar apoio.