Uma economia de 29% na compra de insumos como milho, farelo de soja e vacinas. Este é o resultado da criação da Cooperativa Agroindustrial dos Suinocultores Catarinenses (Coasc), que começou as operações em junho mas foi apresentada somente nesta sexta-feira, em evento realizado na Associação Comercial e Industrial de Chapecó.
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A cooperativa reúne 30 associados, tem sede em Concórdia, movimenta cerca de R$ 2 milhões por mês deve produzir 900 mil suínos por ano. De acordo com o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos (ACCS) e primeiro presidente da Coasc, Losivânio de Lorenzi, a criação da cooperativa tem como objetivo fortalecer os suinocultores independentes, aqueles que não estão ligados a sistemas de integração.
-Muitos produtores de excelência acabaram não sobrevivendo aos períodos de crise- destacou.
Losivânio lembrou que no ano passado, quando o milho chegou a R$ 32 a saca, era possível importar o cereal a R$ 24, do Paraguai, mas os produtores de forma isolada não poderiam fazer isso.
Por isso o estatuto da nova cooperativa já prevê a possibilidade de importação. Além disso a cooperativa já está verificando três silos para alugar e armazenar grãos.
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Por enquanto a cooperativa compra a partir da demanda dos associados mas, no futuro, poderá fazer compras em período de baixo preço para depois repassar aos produtores.
Lorenzi disse que, futuramente, a cooperativa também pretende industrializar os produtos, com frigorífico e marca própria. Atualmente a entidade funciona numa sala da ACCS, em Concórdia e conta com apenas um funcionários. Mas uma área própria está sendo viabilizada com a Prefeitura de Concórdia.
Para criar a cooperativa os suinocultores contaram com o apoio do Sebrae. De acordo com o coordenador regional do Sebrae/SC, a entidade atuou na capacitação e qualificação dos produtores.-Trabalhamos a melhora da gestão e da produção, com suporte técnico- afirmou.
O gestor do programa de centrais de compras do Sebrae/SC, Jéfferson Bueno, disse que esse modelo surgiu em Santa Catarina e já é modelo para o Brasil. Ele afirmou que, neste formato, todos os associados tem o mesmo poder de decisão.
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A cooperativa está aberta a novos sócios, desde que sejam suinocultores catarinenses, com boa referência em relações comerciais e espírito associativo. A cota de ingresso é um salário mínimo (R$ 724).