O aumento da demanda nas carnes melhorou a remuneração dos criadores. O preço-base dos suínos, que era de R$ 2,90 por quilo em janeiro, está entre R$ 4,10 e R$ 4,20. Para o mercado independente, passou de R$ 5.
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– No momento o produtor está ganhando dinheiro, mas ele tem que recuperar prejuízos que teve em 2016 e 2018. Agora o momento é de fazer investimentos nas propriedades. E também de cuidar da sanidade para que a peste suína, que atinge 17 países, não venha para cá – pondera o presidente da Associação Catarinense dos Criadores de Suínos, Losivânio De Lorenzi.
O produtor Mário Fries, de Guatambu, no Oeste do Estado, pretende investir R$ 2,5 milhões na ampliação da estrutura para criação de leitões. Ele já tinha investido numa granja com mil matrizes (fêmeas reprodutoras de suínos) e agora pretende construir uma estrutura nova para abrigar mais 400 matrizes de uma granja antiga e outras 600 matrizes de ampliação. Com isso vai ampliar a produção leitões, que é de 3,2 mil animais por mês.
– Depois de anos de prejuízo, em que tive que vender grãos para pagar a conta dos suínos, agora estamos ganhando o dobro. Se antes sobrava R$ 20 por leitão, agora está sobrando R$ 40. Claro que o custo de produção também está aumentando. Mas acredito que pelo menos nos próximos dois anos ainda teremos bons resultados. Por isso, estou investindo no aumento da produção – explica.

Empresa investe R$ 75 milhões para triplicar processamento de suínos até 2023
A Master Agroindustrial, empresa de Videira que produz 3,6 mil suínos por dia e conta com 300 parceiros, vai investir R$ 75 milhões para triplicar o processamento de carne até 2023.
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De acordo com o presidente da empresa, Mário Faccin, atualmente são abatidos 900 suínos e comercializados 2,7 mil suínos. A partir do ano que vem a intenção é processar 1,5 mil suínos e, em quatro anos, chegar a três mil suínos por dia.
Com isso o número de funcionários vai passar de mil, para dois mil. A estimativa é quatro mil empregos indiretos.
– Estamos aproveitando esse momento favorável para ampliar o processamento, investir em tecnologia e nos prepararmos para quando vier o momento ruim novamente. Pretendemos também ampliar as exportações, que atualmente são de 20%, para 1/3 da produção. Conforme o mercado também queremos ampliar a produção de suínos em 50% – afirmou Faccin.
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