O Sudão e o Sudão do Sul alcançaram um acordo parcial que inclui a criação de uma zona fronteiriça desmilitarizada e pactos petroleiros, embora tenha havido poucos avanços sobre o estatuto das regiões reivindicadas pelas duas partes, informaram fontes oficiais esta quarta-feira.

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“Há um acordo sobre alguns pontos”, disse o porta-voz da delegação sul-sudanesa, Atif Kiir. Seu colega sudanês, Badr el Din Abdullah Badr, disse que houve “avanços em muitos assuntos”. Os dois anunciaram que será assinado um acordo na quinta-feira.

Os acordos foram possíveis após quatro dias de intensas negociações entre o presidente do Sudão, Omar al Bashir, e seu colega do Sul, Salva Kiir.

As duas partes informaram que foi acertada a instauração de uma zona fronteiriça desmilitarizada, em virtude da qual as tropas deverão retroceder 10 km com relação à fronteira de fato.

Também falaram de acordos econômicos a partir de um pacto alcançado no mês passado para reativar a produção petroleira do Sudão do Sul, um problema que afeta a economia dos dois países.

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No entanto, não houve acordo sobre a região de Abyei, reivindicada tanto por Cartum quanto por Juba, nem sobre outras regiões igualmente disputadas.

“Os dois países não conseguiram alcançar um acordo em dois pontos, o de Abyei (…) e o da fronteira”, disse Kiir à imprensa ao final das negociações, na noite de quarta-feira.

“Os dois países concordaram em manter outra rodada de conversações (…) principalmente sobre o tema da fronteira” nas zonas disputadas pelos dois Estados, acrescentou.

O porta-voz da delegação sudanesa disse que resolver a questão das zonas litigantes “levará tempo”.

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Por enquanto não foi dada nenhuma data para as novas negociações.